{"title":"Disputas Historiográficas acerca do Nazismo e do Holocausto","authors":"Karl Schurster, Alana de Moraes Leite","doi":"10.34019/2594-8296.2020.v26.30669","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo central discutir as batalhas historiográficas que se formaram em torno do fenômeno nazista. A escrita da História da Shoah por muito foi secundarizada em prol da escrita do Nacional-socialismo; em seguida, a discussão esteve presa a esta e, por fim, chegou à independência, conquistando um lugar próprio na historiografia. Consideramos que toda a historiografia acerca do Nacional-socialismo – as discussões advindas da Escola de Frankfurt, a abordagem da Escola de Bielefeld, o debate entre intencionalistas e funcionalistas e seus desdobramentos em algumas frentes na querela dos historiadores, o revisionismo, a partir do debate realizado entre Hayden White e Carlo Ginzburg e as discussões historiográficas situadas no pós-Guerra Fria – é o que possibilita o atual estágio de desenvolvimento das pesquisas acerca da shoah. A historiografia que tem se debruçado sobre a análise da querela dos historiadores alemães aponta para a característica de que o debate não fez avançar os estudos do regime nazista em termos de conhecimento real, fazendo-se preciso atentar ao fato de que o interesse em acontecimentos cronológicos ou na história alemã não era o objetivo, ao menos para uma partedos historiadores, da produção que se desenvolvia. Antes disso, uma forte contribuição no sentido historiográfico pode ser notada no que concerne à relação do historiador com as suas, como queria Michel de Certeau, condições de produção. O posicionamento quanto ao contexto, à narrativa, aos limites da escrita histórica e à responsabilidade social do historiador são, indubitavelmente, avanços proporcionados pela historiografia do Nacional-socialismo.","PeriodicalId":359107,"journal":{"name":"Locus: Revista de História","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-09-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Locus: Revista de História","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/2594-8296.2020.v26.30669","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo tem como objetivo central discutir as batalhas historiográficas que se formaram em torno do fenômeno nazista. A escrita da História da Shoah por muito foi secundarizada em prol da escrita do Nacional-socialismo; em seguida, a discussão esteve presa a esta e, por fim, chegou à independência, conquistando um lugar próprio na historiografia. Consideramos que toda a historiografia acerca do Nacional-socialismo – as discussões advindas da Escola de Frankfurt, a abordagem da Escola de Bielefeld, o debate entre intencionalistas e funcionalistas e seus desdobramentos em algumas frentes na querela dos historiadores, o revisionismo, a partir do debate realizado entre Hayden White e Carlo Ginzburg e as discussões historiográficas situadas no pós-Guerra Fria – é o que possibilita o atual estágio de desenvolvimento das pesquisas acerca da shoah. A historiografia que tem se debruçado sobre a análise da querela dos historiadores alemães aponta para a característica de que o debate não fez avançar os estudos do regime nazista em termos de conhecimento real, fazendo-se preciso atentar ao fato de que o interesse em acontecimentos cronológicos ou na história alemã não era o objetivo, ao menos para uma partedos historiadores, da produção que se desenvolvia. Antes disso, uma forte contribuição no sentido historiográfico pode ser notada no que concerne à relação do historiador com as suas, como queria Michel de Certeau, condições de produção. O posicionamento quanto ao contexto, à narrativa, aos limites da escrita histórica e à responsabilidade social do historiador são, indubitavelmente, avanços proporcionados pela historiografia do Nacional-socialismo.
本文的主要目的是讨论围绕纳粹现象形成的史学斗争。大屠杀历史的书写在很大程度上被国家社会主义的书写所取代;随后,讨论陷入僵局,最终达到了独立,在史学中获得了自己的地位。我们认为所有关于国家社会主义的史学——法兰克福学派的讨论,比勒费尔德学派的方法,意图主义者和功能主义者之间的辩论及其在历史学家争论的某些方面的发展,修正主义,从海登·怀特和卡洛·金兹伯格之间的辩论和冷战后的史学讨论中,是什么使大屠杀研究的当前发展阶段成为可能。史学如果我站在叙分析德国历史学家的指向的辩论的特征,对研究纳粹政权的真正的知识,他需要注意事实的事件感兴趣的时间还是在德国历史不是目的,至少对一个历史学家,产量会形成。在此之前,正如米歇尔·德·塞托(Michel de Certeau)所希望的那样,历史学家与他的生产条件之间的关系在史学意义上有很大的贡献。在语境、叙事、历史写作的局限性和历史学家的社会责任方面的定位,无疑是国家社会主义史学的进步。