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Abstract
A financeirização envolve a predominância dos mercados e demais instituições financeiras como a forma de definição, gestão e realização da riqueza no capitalismo contemporâneo. O processo de financeirização da economia foi possível a partir de um processo subjacente de flexibilização, que se manifestou em uma nova forma de regulação bem como no advento de novos instrumentos financeiros, notadamente securitização e derivativos. Isto ensejou um aumento inaudito no grau de liberdade, no volume e na complexidade do movimento de capitais, trazendo a competição a outro patamar. Isto acarretou mudanças tanto na forma de governança da firma quanto nas relações de trabalho. Este artigo tem por objetivo identificar e explorar possíveis relações causais entre as transformações nas finanças e as alterações nas condições de vida e de trabalho. A flexibilidade nos mercados financeiros e de crédito, embora não deva ser considerada causa única, teve parte significativa no advento da flexibilidade no trabalho. As distintas considerações aqui discutidas, embora sob perspectivas diferentes, apontam para uma deterioração das condições de venda da mercadoria força de trabalho a partir da competitividade intensificada para a valorização do capital na esfera financeira.