Ully Cristy Porto Alegre, G. O. Cericato, D. Mario, Vinícius Fabris
{"title":"Conhecimento de cirurgiões dentistas sobre antimicrobianos e resistência bacteriana","authors":"Ully Cristy Porto Alegre, G. O. Cericato, D. Mario, Vinícius Fabris","doi":"10.18256/2238-510X.2019.V8I1.2909","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Antimicrobianos são frequentemente prescritos por cirurgiões dentistas por razões terapêuticas e profiláticas para tratar infecções orofaciais. O uso inadequado e indiscriminado desses fármacos pode acarretar a seleção de microrganismos resistentes, gerando um problema de saúde pública. Pelo fato destes fármacos serem utilizados em todas as áreas da Odontologia, é indispensável que os cirurgiões dentistas tenham adequado conhecimentos a respeito dos antimicrobianos. Objetivo: verificar o nível de conhecimentos de cirurgiões dentistas sobre prescrição de antimicrobianos. Metodologia: foi aplicado questionário estruturado a 242 cirurgiões dentistas que atuam na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, com questões demográficas e específicas sobre prescrição de antibacterianos. Os dados obtidos foram tabulados em uma planilha eletrônica do programa Excel e exportados para o programa estatístico StataSE 12 para a análise estatística. Resultados: dentre os entrevistados, aproximadamente 29% dos cirurgiões dentistas, utilizaram como critério de escolha de um antimicrobiano ser bactericida, e como método de se evitar a resistência bacteriana a maioria optou por receitar antimicrobiano apenas quando necessário. O medicamento de primeira escolha de, aproximadamente, 54% dos entrevistados foi a Amoxicilina e, para pacientes alérgicos a penicilina, a maioria utilizaria a Clindamicina. Conclusão: a partir da análise das respostas, pode-se concluir que cirurgiões dentistas possuem pouco conhecimento sobre antimicrobianos, bem como ações a serem realizadas para evitar a resistência bacteriana, sendo necessário uma melhora nos critérios do uso e prescrição de antimicrobianos e o estabelecimento de estratégias de educação continuada sobre este assunto com o objetivo de diminuir a incidência de problemas relacionados a prescrição desses medicamentos.","PeriodicalId":272527,"journal":{"name":"Journal of Oral Investigations","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Journal of Oral Investigations","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18256/2238-510X.2019.V8I1.2909","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 2
Abstract
Antimicrobianos são frequentemente prescritos por cirurgiões dentistas por razões terapêuticas e profiláticas para tratar infecções orofaciais. O uso inadequado e indiscriminado desses fármacos pode acarretar a seleção de microrganismos resistentes, gerando um problema de saúde pública. Pelo fato destes fármacos serem utilizados em todas as áreas da Odontologia, é indispensável que os cirurgiões dentistas tenham adequado conhecimentos a respeito dos antimicrobianos. Objetivo: verificar o nível de conhecimentos de cirurgiões dentistas sobre prescrição de antimicrobianos. Metodologia: foi aplicado questionário estruturado a 242 cirurgiões dentistas que atuam na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, com questões demográficas e específicas sobre prescrição de antibacterianos. Os dados obtidos foram tabulados em uma planilha eletrônica do programa Excel e exportados para o programa estatístico StataSE 12 para a análise estatística. Resultados: dentre os entrevistados, aproximadamente 29% dos cirurgiões dentistas, utilizaram como critério de escolha de um antimicrobiano ser bactericida, e como método de se evitar a resistência bacteriana a maioria optou por receitar antimicrobiano apenas quando necessário. O medicamento de primeira escolha de, aproximadamente, 54% dos entrevistados foi a Amoxicilina e, para pacientes alérgicos a penicilina, a maioria utilizaria a Clindamicina. Conclusão: a partir da análise das respostas, pode-se concluir que cirurgiões dentistas possuem pouco conhecimento sobre antimicrobianos, bem como ações a serem realizadas para evitar a resistência bacteriana, sendo necessário uma melhora nos critérios do uso e prescrição de antimicrobianos e o estabelecimento de estratégias de educação continuada sobre este assunto com o objetivo de diminuir a incidência de problemas relacionados a prescrição desses medicamentos.