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Abstract
O populismo autoritário impõe grandes desafios à democracia. No entanto, relativamente pouca análise sistemática político-teórica ou filosófica se concentrou na melhor forma de se opor ou resistir a ele. O presente ensaio se dedica a três abordagens possíveis que, no momento, estão sendo provisoriamente discutidas. Alguns escritores enfatizam as possíveis virtudes da desobediência civil, outros defendem uma estratégia ainda mais ampla de resistência civil e outros, ainda, abandonam ambas as abordagens “civis” em favor da desobediência não-civil. Apesar de seus muitos pontos fortes, cada abordagem possui pontos fracos, em parte porque cada uma responde de forma incompleta aos desafios do populismo autoritário e ao uso de modos cada vez mais comuns de repressão “inteligente”. Com implicações sinistras para aqueles preocupados com o destino da democracia, os populistas estão adotando técnicas coercitivas destinadas a reprimir a dissidência sem gerar a simpatia do público ou uma reação popular.