Rosana Kohl Bines, Liana de Andrade Biar, Carolina Moulin, Mariana F. Braga Santos
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Abstract
Resumo:Estratégias lúdicas entre crianças venezuelanas em abrigos para solicitantes de refúgio no Brasil são o foco da nossa investigação, que busca avançar uma compreensão do jogo e da brincadeira em espaços fronteiriços como lugares inesperados e vigorosos de (re)imaginação política e de experimentação com a prática democrática. O artigo desenvolve a hipótese de que as brincadeiras têm o potencial de alterar a “partilha do sensível,” nos termos de Jacques Rancière, ao perturbar a gramática securitáriahumanitária que regula as interações entre os sujeitos, os objetos, os espaços e temporalidades vivenciadas nos abrigos. Ao brincar, as crianças reconfiguram sentidos e significados para as rotinas impostas, criando rotas de fuga do cotidiano regrado, previsível e maçante do campo. A investigação é liderada por uma equipe interdisciplinar de pesquisadoras associadas à Cátedra Sérgio Vieira de Mello (PUC-Rio/ACNUR), dedicada a estudos sobre refúgio e direitos humanos. Nossa metodologia tem inspiração etnográfica e envolve pesquisa participativa e qualitativa com crianças venezuelanas em situação de refúgio em abrigos no Brasil, a partir de material recolhido em estudo de campo: entrevistas, fotografias, vídeos e anotações de diário.