{"title":"Graça e Sprezzatura em Baldassar Castiglione","authors":"M. Ricci, Cristiane Maria Rebello Nascimento","doi":"10.34024/limiar.2014.v2.9266","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Partindo da análise da etimologia da palavra “graça”, a autora analisa a teoria de Castiglione, condensada na frase “quem tem graça, é grato”, que indica tanto um sentido ativo, quanto um sentido passivo da palavra “graça”. Para receber a graça de seu príncipe, o nobre cortesão deve ser gracioso. A “graça”, portanto, torna-se um ornamento e uma estratégia. A “graça” nasce de uma “regra universal”: evitar afetação e demonstrar certa indiferença – sprezzatura. Sprezzatura, que implica disprezzo, desdém, é dissimulação da arte e similação de natureza. É o produto de uma longa “fadiga” que deve ficar completamente escondida. A “graça” pode ser, deste modo, resumida no oxímoro: arte sem arte.","PeriodicalId":136173,"journal":{"name":"Revista Limiar","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-03-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Limiar","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/limiar.2014.v2.9266","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Partindo da análise da etimologia da palavra “graça”, a autora analisa a teoria de Castiglione, condensada na frase “quem tem graça, é grato”, que indica tanto um sentido ativo, quanto um sentido passivo da palavra “graça”. Para receber a graça de seu príncipe, o nobre cortesão deve ser gracioso. A “graça”, portanto, torna-se um ornamento e uma estratégia. A “graça” nasce de uma “regra universal”: evitar afetação e demonstrar certa indiferença – sprezzatura. Sprezzatura, que implica disprezzo, desdém, é dissimulação da arte e similação de natureza. É o produto de uma longa “fadiga” que deve ficar completamente escondida. A “graça” pode ser, deste modo, resumida no oxímoro: arte sem arte.