Hortência Sousa Rocha, Ramon Luis de Santana Alcântara
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Abstract
O termo pardo carrega um sentido de indefinição, remete a uma condição “nem preta e nem branca”, designando aqueles sujeitos que não se encaixam numa razão dual racial. Com a adoção da política de ações afirmativas por universidades, o debate sobre qual é o lugar do pardo reacendeu. Para o Estado e movimentos sociais os sujeitos que se identificam como pardos pertencem à população negra, entretanto tal convenção não é um consenso entre a população. O presente ensaio teórico tem como objetivo refletir sobre a posicionalidade do pardo a partir da discussão da mestiçagem em duas perspectivas: a) a mestiçagem como dispositivo político; e b) a mestiçagem enquanto processo que tensiona categorias fixas com base nos conceitos de “hibridismo” e “la consciencia mestiza”.