Juliana de Oliveira Musse, Aloísio Olímpio, Karen Ruggeri Saad, Erinaldo Luiz Andrade, Cristina Nunes Capeloa, Maria José Dos Reis, Carlos Alberto Ocon, Adriana Paula Jordão Isabella, Fernanda Sebastiana Mendes Pitanga, Magda Rodrigues Leal, Cristina Braga, Marcelo Marreira, Maria Aurora Dias Gaspar, Claudia Cristina Soares Muniz, Eduardo Filoni, Victor Santana Santos, Claudia Moura De Melo, Christian Douradinho, Marcia Kiyomi Koike
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Abstract
Introdução: Os profissionais de saúde que trabalham nos Serviços de Urgência e/ou Emergência, ao atenderem pessoas vítimas de violência, possuem a potencialidade tanto de preservar adequadamente os vestígios forenses quanto de destruírem ou comprometerem a sua qualidade, inviabilizando a sua utilização como evidência durante uma investigação criminal. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo compreender a participação dos profissionais de saúde de urgências/emergências na preservação de vestígios forenses na ótica dos peritos oficiais. Métodos: Estudo exploratório, qualitativo, realizado em no Instituto de Criminalística, no Instituto Médico Legal e Instituto de Análises e Pesquisas Forenses do Estado de Sergipe, com doze peritos oficiais, de um total de 30 que atuam em Sergipe. A coleta dos dados foi realizada entre os meses de janeiro a julho de 2019, por meio de entrevista. As entrevistas foram previamente agendadas, audiogravadas e realizadas no ambiente de trabalho após autorização dos sujeitos e da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As entrevistas foram transcritas integralmente, armazenadas em um software ebQDA, como ferramenta de apoio para o levantamento das categorias e subcategorias, e, analisadas por meio do Conteúdo de Bardin. Resultados: A partir da análise realizada surgiram três categorias: A participação dos profissionais de saúde na preservação de vestígios forenses, Diálogos Interinstitucionais e Participação do profissional de saúde na cadeia de custódia. No que concerne a perda de evidências materiais durante o atendimento à saúde das vítimas, observa-se nas falas dos participantes que muitos vestígios presentes no corpo do paciente são frequentemente perdidos/negligenciados, principalmente roupas e projéteis de arma de fogo. Os peritos de local de crime ressaltaram como fator limitante para o seu processo de trabalho o comprometimento de vestígios em decorrência da manipulação da cena de atendimento à vítima pela equipe do Serviço Móvel de Urgências. Conclusões: Com a realização desse estudo foi possível compreender a percepção dos peritos oficiais quanto a participação dos profissionais de saúde na preservação e/ou comprometimento dos vestígios forenses no contexto do atendimento das vítimas de violência nos estabelecimentos de urgência/emergência de saúde.