{"title":"sagrados femininos da Pombagira nas encruzilhadas morfológicas de Maria Padilha","authors":"Alexander Martins Vianna","doi":"10.9771/aa.v0i66.47028","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo aborda alguns percursos culturais na formação da religiosidade mediúnica ibero-afro-indígena do Brasil a partir do estudo focal da metamorfose da histórica Maria de Padilla em Maria Padilha, configuração mais antiga de pombagira da qual se tem notícia na formação das umbandas cariocas desde o início do século XX. Embora o ponto de observação parta da configuração de Maria Padilha como pombagira, em comparação ao repertório e aos meios sociais dos calundus e feitiçarias coloniais, buscou-se assentar um plano comparativo de contextualização transcultural, explorando a hipótese de que a pombagira atualiza, nos meios culturais urbanos de religiosidade mediúnica carioca, os caracteres, formas e funções que remetem às morfologias de sagrado feminino catalogadas nos estudos feministas de arqueologia comparativa (paleolítica, neolítica e Antiga) de Marija Giumbutas e Miriam Dexter.","PeriodicalId":163081,"journal":{"name":"Afro-Ásia","volume":"63 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Afro-Ásia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/aa.v0i66.47028","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo aborda alguns percursos culturais na formação da religiosidade mediúnica ibero-afro-indígena do Brasil a partir do estudo focal da metamorfose da histórica Maria de Padilla em Maria Padilha, configuração mais antiga de pombagira da qual se tem notícia na formação das umbandas cariocas desde o início do século XX. Embora o ponto de observação parta da configuração de Maria Padilha como pombagira, em comparação ao repertório e aos meios sociais dos calundus e feitiçarias coloniais, buscou-se assentar um plano comparativo de contextualização transcultural, explorando a hipótese de que a pombagira atualiza, nos meios culturais urbanos de religiosidade mediúnica carioca, os caracteres, formas e funções que remetem às morfologias de sagrado feminino catalogadas nos estudos feministas de arqueologia comparativa (paleolítica, neolítica e Antiga) de Marija Giumbutas e Miriam Dexter.