Bruna Duarte, Paula Zugno, Letícia Vieira de Oliveira Rodrigues, Ioná Vieira Bez Birolo, Jacks Soratto, Luciane Ceretta, Cristiane Damiani Tomasi
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Abstract
Existe uma clara lacuna na transição entre Atenção Hospitalar (AH) e Atenção Primária à Saúde (APS). A efetividade da Transição do Cuidado (TC) depende de uma excelente capacidade de comunicação entre profissionais e serviços, sendo a alta hospitalar um momento crítico. O objetivo deste estudo foi investigar as percepções dos enfermeiros da Atenção Hospitalar (AH) e Atenção Primária em Saúde (APS) sobre aspectos da alta hospitalar Trata-se de um estudo transversal e quantitativo realizado com dados de enfermeiros atuantes na AH e na APS no estado de Santa Catarina. Os dados foram coletados entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, por meio de formulário eletrônico. Foi realizada análise descritiva e inferencial. Para comparação entre grupos utilizou-se teste de qui-quadrado de Pearson. Há algumas sobre posições nas percepções dos enfermeiros da AH e APS sobre a temática, sendo que consideram importante o acompanhamento do paciente após a alta hospitalar (54; 91,5%), entende que existe pouca e fraca comunicação entre serviços de saúde (52; 88%). Ainda, são realizadas orientações verbalmente para pacientes e familiares no momento da alta (32; 54,2%), pouca informação é compreendida pelos pacientes (47; 79,7%) e o plano de alta não é individualizado (30; 50,8%), na maioria dos casos. A comunicação é uma grande fragilidade na alta hospitalar, que se expressa nesse estudo, pela percepção dos enfermeiros de uma comunicação fraca entre AH e APS, pela fragilidade do plano de alta e orientações realizadas verbalmente. A melhoria do processo de transição do cuidado, especialmente a alta hospitalar, permite uma assistência à saúde mais integrada, segura e centrada no paciente. O investimento em estratégias que aprimorem esse processo é essencial para a qualidade do cuidado.