Tratamento ortodôntico interceptativo e corretivo de má oclusão de Classe III assimétrica, utilizando miniplacas e aparelhos autoligáveis passivos com prescrições individualizadas: relato de caso
{"title":"Tratamento ortodôntico interceptativo e corretivo de má oclusão de Classe III assimétrica, utilizando miniplacas e aparelhos autoligáveis passivos com prescrições individualizadas: relato de caso","authors":"Henrique Mascarenhas Villela, Paula Drago","doi":"10.14436/2675-486x.22.4.032-056.ort","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: Alguns tratamentos de más oclusões podem ser feitos estrategicamente em duas fases. A primeira fase, na dentição mista, consiste na interceptação de algum problema dentário ou esquelético, com o objetivo de normalizar o crescimento e a troca dos dentes. O uso de aparelhos fixos autoligáveis passivos com prescrições individualizadas é uma excelente opção para o alinhamento e nivelamento parcial de alguns dentes. Após um planejamento cuidadoso, é importante atingir os objetivos terapêuticos em um período relativamente curto. Porém, a sua indicação é mais precisa para os casos com problemas dentoalveolares nos quais existem apinhamento de dentes com tamanho normal, sem a presença de atresia real da maxila. A segunda fase consiste em tratar em definitivo a má oclusão e, normalmente, é iniciada ao fim do segundo período transitório ou início da dentição permanente. O uso de elásticos intermaxilares de Classe III conectados a miniplacas tem se mostrado eficiente para efetuar a protração maxilar no tratamento de más oclusões de Classe III esquelética. Além do efeito ortopédico na maxila, os elásticos intermaxilares podem obter excelentes resultados no redirecionamento do crescimento mandibular, controlando o componente vertical, bem como a assimetria. Quando essa estratégia é associada ao tratamento ortodôntico, com aparelhos de prescrição individualizada, a compensação dentária pode ser minimizada. OBJETIVO: O presente artigo mostra um caso clínico que utilizou, como opção de tratamento interceptativo na dentição mista, braquetes autoligáveis passivos e torques individualizados para corrigir uma mordida cruzada anterior com apinhamento moderado nos incisivos superiores, decorrente de um posicionamento mais palatinizado e com retroinclinação. Além disso, na segunda fase do tratamento foram utilizados elásticos intermaxilares conectados a miniplacas superiores e inferiores, para corrigir a má oclusão de Classe III esquelética assimétrica, promovendo um estímulo de crescimento anterior na maxila, além de redirecionar o crescimento mandibular, controlando o componente vertical, bem como a assimetria. CONCLUSÃO: Essa estratégia de tratamento interceptativo foi eficiente na correção da mordida cruzada anterior na primeira fase, durante a dentição mista. Além disso, na segunda fase, durante a dentição permanente, o uso dos elásticos nas miniplacas, junto com aparelhos autoligáveis, se mostrou efetivo na correção da Classe III assimétrica, obtendo uma relação de Classe I, diminuindo a discrepância sagital entre maxila e mandíbula (ANB de -1,5° para 0°) e reduzindo o componente vertical (PHF.POcl de 9° para 7° e FMA de 29,5° para 26,5°). No entanto, a inclinação dos incisivos superiores aumentou (1.PP de 121° para 129°), como resultado de uma pequena compensação dentária. Já a inclinação dos incisivos inferiores aumentou, diferentemente da compensação dentária para a Classe III (IMPA de 78,5° para 85°).","PeriodicalId":35791,"journal":{"name":"Journal of clinical orthodontics : JCO","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Journal of clinical orthodontics : JCO","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14436/2675-486x.22.4.032-056.ort","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
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Abstract
INTRODUÇÃO: Alguns tratamentos de más oclusões podem ser feitos estrategicamente em duas fases. A primeira fase, na dentição mista, consiste na interceptação de algum problema dentário ou esquelético, com o objetivo de normalizar o crescimento e a troca dos dentes. O uso de aparelhos fixos autoligáveis passivos com prescrições individualizadas é uma excelente opção para o alinhamento e nivelamento parcial de alguns dentes. Após um planejamento cuidadoso, é importante atingir os objetivos terapêuticos em um período relativamente curto. Porém, a sua indicação é mais precisa para os casos com problemas dentoalveolares nos quais existem apinhamento de dentes com tamanho normal, sem a presença de atresia real da maxila. A segunda fase consiste em tratar em definitivo a má oclusão e, normalmente, é iniciada ao fim do segundo período transitório ou início da dentição permanente. O uso de elásticos intermaxilares de Classe III conectados a miniplacas tem se mostrado eficiente para efetuar a protração maxilar no tratamento de más oclusões de Classe III esquelética. Além do efeito ortopédico na maxila, os elásticos intermaxilares podem obter excelentes resultados no redirecionamento do crescimento mandibular, controlando o componente vertical, bem como a assimetria. Quando essa estratégia é associada ao tratamento ortodôntico, com aparelhos de prescrição individualizada, a compensação dentária pode ser minimizada. OBJETIVO: O presente artigo mostra um caso clínico que utilizou, como opção de tratamento interceptativo na dentição mista, braquetes autoligáveis passivos e torques individualizados para corrigir uma mordida cruzada anterior com apinhamento moderado nos incisivos superiores, decorrente de um posicionamento mais palatinizado e com retroinclinação. Além disso, na segunda fase do tratamento foram utilizados elásticos intermaxilares conectados a miniplacas superiores e inferiores, para corrigir a má oclusão de Classe III esquelética assimétrica, promovendo um estímulo de crescimento anterior na maxila, além de redirecionar o crescimento mandibular, controlando o componente vertical, bem como a assimetria. CONCLUSÃO: Essa estratégia de tratamento interceptativo foi eficiente na correção da mordida cruzada anterior na primeira fase, durante a dentição mista. Além disso, na segunda fase, durante a dentição permanente, o uso dos elásticos nas miniplacas, junto com aparelhos autoligáveis, se mostrou efetivo na correção da Classe III assimétrica, obtendo uma relação de Classe I, diminuindo a discrepância sagital entre maxila e mandíbula (ANB de -1,5° para 0°) e reduzindo o componente vertical (PHF.POcl de 9° para 7° e FMA de 29,5° para 26,5°). No entanto, a inclinação dos incisivos superiores aumentou (1.PP de 121° para 129°), como resultado de uma pequena compensação dentária. Já a inclinação dos incisivos inferiores aumentou, diferentemente da compensação dentária para a Classe III (IMPA de 78,5° para 85°).