{"title":"A comunidade de jornalistas LGBTQIA+ e o esforço das ações afirmativas num Brasil conservador","authors":"Francisco de Assis","doi":"10.11606/issn.1982-8160.v17i2p153-169","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este ensaio discute o esforço da comunidade de jornalistas LGBTQIA+ em ações afirmativas no mundo do trabalho, considerando a onda conservadora que tomou conta da cena político-social do Brasil nos últimos anos. São evidenciadas três iniciativas: a criação de uma Comissão LGBT pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; uma pesquisa sobre profissionais de jornalismo que se identificam com a referida sigla; e o Manual de Comunicação LGBTI+ destinado a amparar jornalistas em relação às pautas de gênero. Embora significativas, em um contexto marcado por preconceitos e por silenciamentos de minorias, essas ações caminham devagar, justamente porque esbarram em outras questões, resultando em paradoxo semelhante ao que o feminismo identificou, há tempos, sobre a divisão sexual do trabalho: “tudo muda, mas nada muda”.","PeriodicalId":34837,"journal":{"name":"Matrizes","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Matrizes","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v17i2p153-169","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este ensaio discute o esforço da comunidade de jornalistas LGBTQIA+ em ações afirmativas no mundo do trabalho, considerando a onda conservadora que tomou conta da cena político-social do Brasil nos últimos anos. São evidenciadas três iniciativas: a criação de uma Comissão LGBT pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; uma pesquisa sobre profissionais de jornalismo que se identificam com a referida sigla; e o Manual de Comunicação LGBTI+ destinado a amparar jornalistas em relação às pautas de gênero. Embora significativas, em um contexto marcado por preconceitos e por silenciamentos de minorias, essas ações caminham devagar, justamente porque esbarram em outras questões, resultando em paradoxo semelhante ao que o feminismo identificou, há tempos, sobre a divisão sexual do trabalho: “tudo muda, mas nada muda”.