{"title":"As Heranças da Modernidade e o Cheiro da Mulher Negra:","authors":"Laís Gabriela Da Silva, Ivan Ignácio Pimentel","doi":"10.51308/continentes.v1i21.351","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo buscamos [re]significar o cheiro da mulher negra. Inspirados a partir de Lélia Gonzalez, que “na boa”, fez a “voz do lixo ser ouvida”, ao longo do trabalho analisamos como a partir do cheiro do lixo, desde o Brasil Colônia, de forma paradoxal, os corpos negros vêm sendo desejados e ao mesmo tempo rejeitados. Em ambos os casos, mostramos que a perspectiva do animalizado e hipersexualizado, oriundos da modernidade, funciona como uma bússola que norteia a colonialidade do ser presente no nosso cotidiano, principal responsável pelas feridas que assolam diversas mulheres negras. Para desenvolvermos o trabalho, optamos em utilizar a metodologia de análise do conteúdo. Compreender o corpo da mulher negra a partir de herdeiros que cruzaram o Atlântico trazendo o cheiro da inteligência, da solidariedade e da intelectualidade é por nós considerado um importante passo para rompermos os grilhões da modernidade.","PeriodicalId":490987,"journal":{"name":"Continentes","volume":"208 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Continentes","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51308/continentes.v1i21.351","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo buscamos [re]significar o cheiro da mulher negra. Inspirados a partir de Lélia Gonzalez, que “na boa”, fez a “voz do lixo ser ouvida”, ao longo do trabalho analisamos como a partir do cheiro do lixo, desde o Brasil Colônia, de forma paradoxal, os corpos negros vêm sendo desejados e ao mesmo tempo rejeitados. Em ambos os casos, mostramos que a perspectiva do animalizado e hipersexualizado, oriundos da modernidade, funciona como uma bússola que norteia a colonialidade do ser presente no nosso cotidiano, principal responsável pelas feridas que assolam diversas mulheres negras. Para desenvolvermos o trabalho, optamos em utilizar a metodologia de análise do conteúdo. Compreender o corpo da mulher negra a partir de herdeiros que cruzaram o Atlântico trazendo o cheiro da inteligência, da solidariedade e da intelectualidade é por nós considerado um importante passo para rompermos os grilhões da modernidade.