{"title":"A fantasia e \"a condição humana\": a psicanálise em contato com a obra de René Magritte","authors":"Marlos Gonçalves Terêncio","doi":"10.1590/1415-4714.e221164","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo se propõe a incitar reflexões sobre a função da fantasia na psicanálise a partir do contato de Lacan com a obra do artista René Magritte, e especificamente, com o quadro La condition humaine (1933). Analisam-se algumas vertentes do funcionamento fantasístico como realidade do sujeito e, acima de tudo, como \"condição humana\" ligada a uma evitação do contato com \"a janela para o real\", em relação à falta de objeto último para a satisfação pulsional, à inconsistência do Outro e ao desamparo fundamental. Para tanto, examinam-se os dilemas da relação subjetiva com o objeto a e com das Ding, investigando o funcionamento ambíguo da fantasia e o seu possível entendimento como obra de arte para uso interno do sujeito. Propõe-se, finalmente, uma ressonância entre a compreensão da arte na obra de Magritte e a direção do tratamento conforme proposta por Lacan.","PeriodicalId":39306,"journal":{"name":"Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1415-4714.e221164","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Psychology","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo se propõe a incitar reflexões sobre a função da fantasia na psicanálise a partir do contato de Lacan com a obra do artista René Magritte, e especificamente, com o quadro La condition humaine (1933). Analisam-se algumas vertentes do funcionamento fantasístico como realidade do sujeito e, acima de tudo, como "condição humana" ligada a uma evitação do contato com "a janela para o real", em relação à falta de objeto último para a satisfação pulsional, à inconsistência do Outro e ao desamparo fundamental. Para tanto, examinam-se os dilemas da relação subjetiva com o objeto a e com das Ding, investigando o funcionamento ambíguo da fantasia e o seu possível entendimento como obra de arte para uso interno do sujeito. Propõe-se, finalmente, uma ressonância entre a compreensão da arte na obra de Magritte e a direção do tratamento conforme proposta por Lacan.