Leonardo Santos Oliveira, Hugo Araújo de Oliveira, Rafael Costa Albuquerque, Lucas Dantas Maia Forte
{"title":"EFEITO DO KARATE KUMITE NO DESEMPENHO FÍSICO-FISIOLÓGICO DE ATLETAS DE ELITE E SUBELITE","authors":"Leonardo Santos Oliveira, Hugo Araújo de Oliveira, Rafael Costa Albuquerque, Lucas Dantas Maia Forte","doi":"10.17695/rcsne.vol21.n2.p182-191","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Apesar de as avaliações fisiológicas em competições favorecerem a um monitoramento preciso e a uma prescrição bem elaborada do treinamento, pouco se sabe a respeito das respostas físicas e fisiológicas do karate kumite, bem como da influência no desempenho dos atletas. Portanto, o objetivo do estudo foi analisar o efeito do karate kumite em parâmetros fisiológicos e preditores de esforço. Em um desenho pré-experimental (pré-teste/pós-teste), 12 atletas de elite e subelite de karate kumite (média±DP; idade: 23±5 anos; massa corporal: 64,2±7,4 kg; estatura: 171,4±4,7 cm) foram submetidos a medidas de frequência cardíaca (FC, repouso, pré-luta e pós-luta), percepção subjetiva de esforço (PSE, pós-luta) e salto horizontal (SH, pré-luta e pós-luta). Os efeitos físicos e fisiológicos do karate kumite foram verificados por meio de uma luta oficial de 3 minutos. Os testes t de Student pareado e Wilcoxon foram utilizados para comparar, respectivamente, a FC e o SH (repouso/pré-luta vs. pós-luta). O coeficiente Rho de Spearman foi calculado para verificar a correlação entre FC e PSE. Para todas as análises, foi considerado o nível de significância de 5% (P<0,05). O tamanho do efeito (TE) foi expresso pelo d de Cohen. Os resultaram apontaram uma elevação da FC pré-luta vs. pós-luta (125±12 vs. 192±5 bpm; TE= 12,1), com concomitante redução de, aproximadamente, 6% na distância do SH (TE= 3,8; P<0,05). A PSE foi reportada como “Difícil”, contudo, sem evidências de correlação com a FC (Rho= 0,081; P= 0,803) ou com a %FCMAX (Rho= 0,162; P= 0,616). Conclui-se que uma luta de 3 minutos promoveu alterações hemodinâmicas e de desempenho em atletas de karate kumite.","PeriodicalId":34423,"journal":{"name":"Revista de Ciencias da Saude Nova Esperanca","volume":"2016 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Ciencias da Saude Nova Esperanca","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17695/rcsne.vol21.n2.p182-191","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Apesar de as avaliações fisiológicas em competições favorecerem a um monitoramento preciso e a uma prescrição bem elaborada do treinamento, pouco se sabe a respeito das respostas físicas e fisiológicas do karate kumite, bem como da influência no desempenho dos atletas. Portanto, o objetivo do estudo foi analisar o efeito do karate kumite em parâmetros fisiológicos e preditores de esforço. Em um desenho pré-experimental (pré-teste/pós-teste), 12 atletas de elite e subelite de karate kumite (média±DP; idade: 23±5 anos; massa corporal: 64,2±7,4 kg; estatura: 171,4±4,7 cm) foram submetidos a medidas de frequência cardíaca (FC, repouso, pré-luta e pós-luta), percepção subjetiva de esforço (PSE, pós-luta) e salto horizontal (SH, pré-luta e pós-luta). Os efeitos físicos e fisiológicos do karate kumite foram verificados por meio de uma luta oficial de 3 minutos. Os testes t de Student pareado e Wilcoxon foram utilizados para comparar, respectivamente, a FC e o SH (repouso/pré-luta vs. pós-luta). O coeficiente Rho de Spearman foi calculado para verificar a correlação entre FC e PSE. Para todas as análises, foi considerado o nível de significância de 5% (P<0,05). O tamanho do efeito (TE) foi expresso pelo d de Cohen. Os resultaram apontaram uma elevação da FC pré-luta vs. pós-luta (125±12 vs. 192±5 bpm; TE= 12,1), com concomitante redução de, aproximadamente, 6% na distância do SH (TE= 3,8; P<0,05). A PSE foi reportada como “Difícil”, contudo, sem evidências de correlação com a FC (Rho= 0,081; P= 0,803) ou com a %FCMAX (Rho= 0,162; P= 0,616). Conclui-se que uma luta de 3 minutos promoveu alterações hemodinâmicas e de desempenho em atletas de karate kumite.