Heloisa Brito Silveira, Ana Paula Stievano Ferraz da Silveira, Carolina Cordeiro Barcelos, João Marcelo Tocantins Albuquerque, Rafaella Faria Oliveira Guerra, Constanza Thaise Xavier Silva
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Abstract
Introdução: O retinoblastoma é a malignidade primária intraocular mais comum na infância, é raro e corresponde de 2% a 4% dos tumores malignos pediátricos. Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico e a sobrevida dos casos de retinoblastoma em um hospital de referência em oncologia do Estado de Goiás, entre 2008 a 2014. Método: Estudo observacional analítico do tipo transversal, construído com base na análise de prontuários de pacientes diagnosticados com retinoblastoma entre 2008 e 2014. Realizaram-se análises por estatística descritiva e teste de associação qui-quadrado. Adotou-se o nível de significância de 5%. A sobrevida foi avaliada por meio do método de Kaplan-Meier. Resultados: Foram atendidos 55 pacientes com retinoblastoma, permitindo identificar o predomínio do sexo feminino (54,5%); na faixa etária de 1 a 4 anos (27,3%); com etnia parda (50,9%). As características clínicas mais prevalentes foram: acometimento intraocular (74,5%); unilateral (65,5%); sem histórico familiar (56,4%); e com sinal clínico de leucocoria (80%). A maioria não apresentou metástases ao diagnóstico (87,3%), sendo o principal tratamento a enucleação unilateral (72,7%). Verificou-se associação quanto à evolução clínica do paciente em relação à localização extraocular (p = 0,001), presença de metástase (p = 0,001) e estádio IV de Chantada et al. (p = 0,001). Pacientes classificados como E foram submetidos a maior número de enucleações (olho direito – p = 0,05 e olho esquerdo – p = 0,001). A sobrevida global em cinco anos foi 72,7%. Conclusão: Tais achados são relevantes para o planejamento de ações de prevenção, pois o diagnóstico precoce é um dos principais aliados na determinação da cura e na preservação da visão.