L. Marchi, Luís Fernando Piovesan, Dallila Brandão dos Santos Bianchi
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Abstract
Introdução: Os benzodiazepínicos são as drogas psiquiátricas mais utilizadas em todo o mundo possuindo propriedades farmacológicas com efeitos sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares. No entanto o uso prolongado pode estar associado à demência, sobretudo entre os idosos. Objetivo: Investigar a associação entre demência e o uso prolongado de benzodiazepínicos em idosos. Materiais e Métodos: Foi feita uma revisão bibliográfica com caráter narrativo dos artigos publicados nos últimos dez anos (2013 a 2023), utilizando as bases de dados SciELO, PubMed, BVS e Google Acadêmico. Resultados: O estudo das bibliografias selecionadas mostrou que o uso de benzodiazepínicos entre idosos tem alta prevalência. Além disso, essa classe de medicamentos não é recomendada para uso por idosos, agravando suas consequências ainda mais quando o tratamento é realizado a longo prazo, exacerbando uma série de eventos adversos sem apresentar eficácia nesse formato de uso. Grande parte dos estudos fármacoepidemiológicos realizados até o momento concluíram que os usuários de benzodiazepínicos apresentam maior risco de desenvolver demência, mas ainda permanecem obscuros os mecanismos pelos quais possivelmente ocorre o aumento do risco de demência em idosos. Conclusão: É importante buscar formas menos prejudiciais para sanar as queixas em relação a sono e ansiedade em idosos e capacitar os profissionais de saúde, a fim de identificar medicamentos com uso não recomendado para idosos e propor formas de otimizar as prescrições. Portanto, há a necessidade de estudos mais aprofundados sobre o assunto, a fim de observar os possíveis riscos existentes no uso irracional de benzodiazepínicos.