Amélia Escotto do Amaral Ribeiro, Marli Stuart Araújo
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Abstract
A dinâmica das transformações políticas, sociais, culturais e tecnológicas impactam, sob diferentes formas, as instâncias da vida em sociedade. E, em especial, os modos como sociedades e sujeitos se relacionam com a escola e os saberes escolares. Estes convidam, permanentemente, a repensar princípios e práticas de organização e gestão de pessoas e processos. No contexto brasileiro, com a determinação legislativa da gestão democrática, definir esses princípios e práticas envolve considerar múltiplos fatores. Assim, embora se reconheça a multirreferencialidade desse cenário e a essencialidade do gestor na articulação entre as dimensões estruturantes da ação gestora, desafios do cotidiano na escola pública interferem diretamente nesse processo. (KRAWCZYK, 1999; WITTMANN, 2000; GRACINDO, 2009; LUCK, 2011; PARO, 1997; BERNARDO; BORDE; CERQUEIRA, 2018; LIMA, 2018; MATOS, 2022; DUVERNOY; BARROS, 2022). O presente artigo discute os desafios do gestor de escolas públicas, na perspectiva da gestão democrática. Apresentam-se resultados parciais de pesquisa qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 1986) cujos dados foram produzidos a partir do relato de gestores que atuam em escolas localizadas na área de abrangência da 5ª Coordenadoria Regional de Educação-SME/RJ. Os dados ratificam o apontado na literatura quanto à indicação de fatores externos, sobretudo os relacionados à participação da família, às configurações dos contextos e à preponderância de ações relacionadas à dimensão administrativa como principais desafios. Também apontam a necessidade de uma maior clareza quanto ao que se entende por democracia e participação e, sobretudo, quanto à formação do gestor e à definição dos papéis e funções do gestor, na escola pública.