GREVE DE MULHERES EM ABYA YALA

Cristiane Troina Ferreira, Livian Lino Netto, Aline Accorssi
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Abstract

Em outubro de 2016, na Argentina, Lucía Pérez foi drogada, estuprada, empalada e morta por três homens. Deixaram-na em um hospital alegando que ela havia tido uma overdose de cocaína. Esse feminicídio ocorreu na mesma semana em que no país acontecia o Encontro Nacional de Mulheres de Rosário. A violência desta morte foi o estopim para desencadear uma reação coletiva de mulheres, não só na Argentina, mas em todo mundo. Sob o lema “Ni una a menos! Vivas y libres nos queremos!”, mulheres foram chamadas para irem às ruas. A greve instaurada transformou a mobilização contra os feminicídios em um movimento massivo, transnacional, capaz de conectar as violências machistas e econômicas, denunciando a exploração capitalista. Apesar disso, muitas mulheres ao redor do mundo e na própria América Latina não pararam com esse grande movimento. No Brasil, por exemplo, meses antes da morte de Lucía, uma adolescente de 16 anos, havia sido violentada por um grupo de 30 homens, que registraram a violência em vídeo. Esse fato não gerou repercussão significativa afim de conectar as mulheres brasileiras no movimento de greve. Diante disso, nossa proposta é refletir acerca dos desafios do movimento de mobilização de mulheres que, embora tenha se transnacionalizado, precisa sensibilizar um maior número de pessoas a fim de construir uma rede com potência capaz de transformar a realidade.
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阿比亚亚拉的妇女绿洲
2016 年 10 月,在阿根廷,露西亚-佩雷斯(Lucía Pérez)被三名男子下药、强奸、刺穿并杀害。他们将她留在医院,声称她吸食可卡因过量。这起杀害女性的事件发生在罗萨里奥全国妇女会议召开的同一周。这起暴力致死事件不仅引发了阿根廷妇女的集体反应,也引发了全世界妇女的集体反应。在 "一个都不能少!我们要你活着、自由!"的口号,妇女们被号召走上街头。这次罢工将反对杀害妇女的动员转变为一场大规模的跨国运动,能够将性别歧视和经济暴力联系起来,谴责资本主义剥削。尽管如此,世界各地和拉丁美洲本身的许多妇女并没有因为这场伟大的运动而停下脚步。例如,在巴西,露西娅去世前几个月,一名 16 岁的少女被 30 名男子强奸,他们用录像记录了这一暴力事件。这并没有引起重大反响,从而将巴西妇女与罢工运动联系起来。有鉴于此,我们的建议是对妇女动员运动所面临的挑战进行反思,尽管妇女动员运动已经跨国化,但仍需要提高更多人的认识,以建立一个有能力改变现实的网络。
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