Geovane Alves de Paiva, Raquel Aparecida Dal Cortivo, Pedro Manoel Monteiro
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Abstract
A representação da realidade amazônica na literatura é, historicamente, permeada pela força do imaginário seja dos primeiros europeus que atravessaram a região, seja dos locais na sua forma de interagir com o espaço e com a natureza. Desse modo, fosse por falta de vocabulário para descrever o desconhecido, fosse com a intenção de demarcar a diferença entre o “civilizado” e o “selvagem”, histórias extraordinárias, seres lendários e animais fantásticos povoaram os primeiros escritos sobre as terras e o homem amazônico. Nessa perspectiva, abordaremos o conto “A Feiticeira” de Inglês de Sousa, tecendo considerações sobre a literatura amazônica e a forma de representação do imaginário que tanto aponta para dualidades do tipo cidade/campo, centro/periferia e civilizado/selvagem. Assim, ultrapassada a fase do olhar estrangeiro e da apreensão por via do exotismo, outras histórias se seguem, incorporando o elemento imaginário à narração ambientada na região de forma a evidenciar certa cosmovisão na qual a realidade é permeável aos elementos da imaginação e suscetível a eles. Portanto, tal característica não é restrita à expressão de certa regionalidade, embora possa ser assim compreendida, pelo contrário, pode representar a força dessa literatura como expressão genuína do Brasil profundo.