Jaime Estevão dos Reis, Liliana Grubel Nogueira, Giovanni Bruno Alves
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Abstract
Este artigo aborda a expansão do comércio ocorrida no Ocidente a partir do século XI e a relação dos mercadores com a Igreja, durante o período de maior efervescência das atividades mercantis na Idade Média. Utilizamos como fonte, o Livro da arte do comércio, escrito por Benedetto Cotrugli (1416-1469), em 1458. Nesta obra, nos moldes dos chamados “espelhos de príncipes” medievais, o autor traça o perfil do mercador ideal, habilidoso o suficiente para empreender os seus negócios, mas que respeita, todavia, os preceitos cristãos definidos pela Igreja. A obra configura-se como um “espelho de mercador”, e apresenta o modelo de comerciante inserido no contexto de fins Idade Média, com influência da Renascença mediterrânica.