M. R. Saldanha, Júlio Cézar Adam, Ruben Marcelino Bento da Silva
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Abstract
Utilizando a hermenêutica da religião vivida, o artigo analisa a representação dos mortos-vivos na série “The Last of Us” (HBO max) e explora alguns elementos teológicos presentes na obra. A série retrata um mundo pós-apocalíptico no qual uma parte considerável da humanidade foi infectada por um fungo parasita chamado Cordyceps. A obra aborda temas como medo, natureza humana, moralidade, paternidade e perda, explorando a relação entre os personagens principais, Joel e Ellie. Trataremos da representação dos mortos-vivos na cultura pop, incluindo a série, buscando entender como tal representação reflete a ansiedade em relação à mortalidade e à perda de controle diante de uma infestação global e, de modo mais específico, a própria desumanização. O artigo também explora o potencial temático relacionado à religião na construção dos mortos-vivos, como a materialização do caos e da antivida, além do caráter redentor e messiânico dos personagens Ellie e Joel. A ambiguidade da construção ética e os limites da interpretação cristologica da personagem Ellie são discutidas em relação à interpretação das ações de Ellie e os limites da sua liberdade.