FEMINISMO E CONTRATO

Abstract

Este artigo apresenta uma crítica ao contrato social de Hobbes, que não pode ser visto como uma proposta de liberdade universal, uma vez que criou mecanismos naturalizados de exclusão às mulheres. As análises da obra não são neutras e são herdeiras dos valores e cultura do seu tempo. Por meio de uma análise bibliográfica demonstramos que o medo da cristandade vivenciado pelas mulheres criou mecanismos de exclusão que foram naturalizados e ainda perduraram nos dias atuais, levando às situações de opressões, violências, feminicídios e representação feminina insuficiente nos espaços de poder. Propomos algumas soluções estruturais para equidade de gênero, tais como: propagação e discussão dos direitos da mulher, a sensibilização da sociedade civil para mudança de comportamento em relação a naturalização do assédio sofrido pela mulher; e por fim, a ampliação de Delegacias de Defesa da Mulher e das medidas protetivas para mulheres em situação de violência doméstica e familiar.