Heloisa Elias Neves Grillo, Daniele Cristina Garbuglio, Karin Luciana Migliato Sarracini
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Abstract
Frente ao cenário de pandemia do covid-19, o setor de atendimento odontológico sofreu inúmeras mudanças, dentre elas a redução da procura por cuidados bucais pela população, em especial os pacientes com necessidades especiais (PNE). Visto que o grupo PNE se encaixa dentro da população de risco ao covid-19 e que a consulta odontológica demanda íntimo contato com a principal via de transmissão do vírus (boca), o objetivo deste trabalho foi entender a percepção dos responsáveis pelos PNEs frente à necessidade de cuidados bucais durante esse cenário de risco, além de questionar se há confiança e sentimento de proteção por parte deles ao levar a pessoa assistida às consultas odontológicas. Por meio de um questionário autoaplicável e outro sociodemográfico, uniu-se os dados e respostas obtidos pelos responsáveis para compreender a visão geral do atendimento odontológico e da higiene bucal em domicílio diante do cenário pandêmico. Ao todo, foram 47 questionários respondidos por pais/responsáveis, nos quais 67,4% relataram não terem levado o filho ao dentista durante a pandemia, enquanto 32,6% relataram ter ido pelo menos 1x. Foi questionado se houve dificuldades ao agendar consultas odontológicas durante a pandemia, 23,9% relataram ter tido dificuldades, enquanto 76,1% não, além de a maioria (84,8%) também relatar que não houve receio ao levar seu filho às consultas. Os dados nos mostram que a saúde bucal foi a menor preocupação dos pais durante esse período de confinamento; entretanto, houve confiança dos pais pela busca de atendimento odontológico devido à biossegurança efetuada durante o atendimento. Por meio da pesquisa feita, conclui-se que, durante o período de confinamento devido à pandemia da COVID-19, a maior parte dos pacientes e pais/responsáveis de PNE optou por não procurar atendimento odontológico e aqueles que procuraram, encontraram dificuldade para agendar consultas. Contudo, os resultados mostraram que, através da percepção dos responsáveis, a saúde bucal desses pacientes não apresentou alterações significativas quando comparadas a fase pré-pandemia.