Gabriela Fontes Santos, Vivian Marina Gomes Barbosa Lage, Bianca Bomfim Andrade, Kathleen Ramos Deegan, Cristiane de Jesus Barbosa, Suzana Telles da Cunha Lima
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Abstract
O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial antifúngico in vitro dos extratos etanólicos, centrifugado e eletrofloculado, da microalga Pyramimonas virginica frente a fungos dermatófitos. Para obtenção da biomassa microalgal, o cultivo foi realizado em fotobiorreator tubular de 10 L, em triplicatas. A coleta da biomassa microalgal foi realizada por dois métodos, centrifugação e eletrofloculação. Para extração da biomassa microalgal, foi utilizado o solvente etanol absoluto (99.9%). A atividade antifúngica dos extratos foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo, no intervalo de concentração de 0.0115 a 6 mg mL-1. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi determinada visualmente, pela ausência de crescimento do fungo. Os extratos foram testados contra os dermatófitos Nannizzia gypsea, Trichophyton mentagrophytes e Trichophyton tonsurans. Ambos os extratos microalgais, centrifugado e eletrofloculado, conseguiram inibir o crescimento de todos os dermatófitos avaliados, sendo o extrato centrifugado mais ativo do que o extrato eletrofloculado. Os extratos apresentaram menor valor de CIM contra T. tonsurans (CIM: 0.75 mg mL-1) e N. gypsea (CIM: 0.75 mg mL-1), seguido por T. mentagrophytes (CIM: 6 mg mL-1). Quanto ao tipo de atividade registrada, frente ao fungo T. mentagrophytes a atividade foi do tipo fungiostática e para os fungos T. tonsurans e N. gypsea foi do tipo fungicida. Este foi um estudo pioneiro acerca da atividade antifúngica da microalga P. virginica, assim como do método de fracionamento da sua biomassa. A microalga apresentou grande potencial antifúngico contra os fungos dermatófitos avaliados, mostrando-se promissora no desenvolvimento de novos fitoterápicos e tratamentos para as dermatofitoses.