Aline Rabelo Rodrigues, Gabriela Santos Rocha, Ana Beatriz Rezende Ribeiro, Paula Meneses Martins, Vitor Carlos Lacerda, Victória Laura Lopes Cândido Ribeiro, Brenda de Jesus Dias, Vinicius Neder de Faro Freire, Bruno Borges Ferreira Gomes, Matheus Fernando Manzolli Ballestero
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Abstract
Introdução. A ampla integração da internet e dos dispositivos digitais no Brasil estimulou extensas pesquisas sobre a correlação entre o crescimento tecnológico e resultados adversos no desenvolvimento neurológico devido ao aumento do tempo de tela na primeira infância. Vários estudos demonstraram consistentemente o impacto negativo do uso prolongado de telas no neurodesenvolvimento infantil. Método. Revisão sistemática, seguindo as diretrizes PRISMA, explora a relação entre o tempo de tela e os distúrbios do neurodesenvolvimento em crianças de até 6 anos de idade. A busca, abrangendo uma década na Bireme, Scielo e PubMed. Resultados. 110 artigos, sendo 16 selecionados para análise, incluindo estudos transversais, coorte, ensaio clínico randomizado e meta-análise. Uma percentagem significativa de crianças, especialmente entre os 2 e os 4 anos, passa muito tempo em frente a telas, com potenciais disparidades socioeconómicas a influenciar a utilização. O tempo excessivo de tela está associado a marcos de desenvolvimento, incluindo os domínios cognitivo, psicossocial, motor, emocional e de linguagem, principalmente ligados a atrasos de linguagem. Conclusão. A revisão ressalta as implicações críticas do tempo excessivo de tela no desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo. Salienta a necessidade de gerir cuidadosamente o tempo de ecrã, considerando a idade da exposição inicial e a duração total. As descobertas destacam o papel fundamental dos pais, cuidadores e educadores na manutenção de um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e as atividades que promovem o desenvolvimento geral da criança, defendendo uma abordagem cautelosa ao uso de dispositivos eletrônicos durante esta fase crucial da infância.