Estudo de prevalência da incidência de erros pré-analíticos em exames laboratoriais de cães do Distrito Federal

Abstract

Dentro da rotina veterinária, os exames laboratoriais estão cada vez mais presentes por auxiliarem em um diagnóstico mais preciso. Eles são divididos em três fases, sendo iniciados pela etapa pré-analítica, seguida da analítica e por fim a pós-analítica. Dentre elas, a primeira é onde centraliza-se o maior número de falhas, as quais podem ocorrer por diversos fatores, como por exemplo o estresse sofrido pelo animal no momento da coleta, jejum prolongado, a escolha dos materiais utilizados, o preparo do profissional que realizará a punção, além do armazenamento e transporte das amostras. O propósito desta pesquisa foi analisar a prevalência dos principais erros pré-analíticos em exames laboratoriais providos por um laboratório que abrange toda a região do Distrito Federal, estabelecendo correlações entre as alterações encontradas e as variáveis de idade e/ou sexo dos pacientes. No total, foram analisados 660 hemogramas de cães. Onde foi possível estabelecer as alterações mais prevalentes e realizar as correlações através do teste Qui-quadrado, com correção de Yates com nível de confiança de 5%, e a associação pelo teste de Pearson. A alteração mais prevalente foi a presença de amostras com o plasma hemolisado, onde 126 (42,42%) possuíam essa alteração, além disso foram observados 4 (1,34) exames com a presença de coágulos, 38 (12,79) com agregados plaquetários, 47 (15,82) com quantidade de amostra insuficiente e 82 (27,61) com os dados preenchidos de maneira incorreta, ou seja, com ausência de informações como sexo, idade e raça. Ademais, não foram encontradas correlações de sexo/raça com a presença de agregado plaquetário, além do Coeficiente de Person não indicar nenhuma correlação de idade com a presença de agregados. Consoante aos resultados adquiridos, este projeto reforça a necessidade de aprimoramento profissional, a fim de diminuir a prevalência de erros gerados na fase pré-analíticas, como falhas de identificação, coleta e armazenamento da amostra, fatores que podem ser relacionados a problemas com responsáveis, falha na promoção de diagnósticos precisos e promoção do bem estar animal.