{"title":"TRANSPORTE FLUVIAL E DESAFIOS NO ACESSO À SAÚDE EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS NAS HIDROVIAS TAPAJÓS E ARAPIUNS","authors":"E. S. Sousa, J. P. Cortes","doi":"10.14393/hygeia2068928","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O acesso à saúde por comunidades rurais isoladas representa um grande desafio na efetivação de políticas públicas na Amazônia. Para as comunidades ribeirinhas, esse acesso é mediado pelo transporte fluvial, que apresenta diversas especificidades a serem consideradas na formulação de melhorias nas condições de saúde. O objetivo deste estudo é investigar a relação entre o acesso à saúde e o transporte fluvial em comunidades ribeirinhas da Amazônia Brasileira. Foram conduzidas entrevistas com representantes de dezessete comunidades localizadas hidrovias Tapajós e Arapiuns, incluindo líderes comunitários, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e enfermeiros. Essas entrevistas abordaram os tipos de transporte disponíveis, os tempos de deslocamento e os períodos de espera para acesso a atendimentos de média complexidade. Foram registrados tempos de deslocamento de até 18 horas entre as comunidades e o hospital de referência. Fatores como sazonalidade, direção do deslocamento (rio acima ou rio abaixo) e tempos de espera são discutidos, pois influenciam significativamente o tempo total de deslocamento em busca de atendimento de saúde. Os resultados revelam uma situação extremamente complexa no acesso aos serviços de saúde, permitindo a discussão de possíveis melhorias nas políticas de saúde para essas comunidades ribeirinhas, considerando o contexto amazônico.","PeriodicalId":505750,"journal":{"name":"Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde","volume":"19 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-02-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/hygeia2068928","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O acesso à saúde por comunidades rurais isoladas representa um grande desafio na efetivação de políticas públicas na Amazônia. Para as comunidades ribeirinhas, esse acesso é mediado pelo transporte fluvial, que apresenta diversas especificidades a serem consideradas na formulação de melhorias nas condições de saúde. O objetivo deste estudo é investigar a relação entre o acesso à saúde e o transporte fluvial em comunidades ribeirinhas da Amazônia Brasileira. Foram conduzidas entrevistas com representantes de dezessete comunidades localizadas hidrovias Tapajós e Arapiuns, incluindo líderes comunitários, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e enfermeiros. Essas entrevistas abordaram os tipos de transporte disponíveis, os tempos de deslocamento e os períodos de espera para acesso a atendimentos de média complexidade. Foram registrados tempos de deslocamento de até 18 horas entre as comunidades e o hospital de referência. Fatores como sazonalidade, direção do deslocamento (rio acima ou rio abaixo) e tempos de espera são discutidos, pois influenciam significativamente o tempo total de deslocamento em busca de atendimento de saúde. Os resultados revelam uma situação extremamente complexa no acesso aos serviços de saúde, permitindo a discussão de possíveis melhorias nas políticas de saúde para essas comunidades ribeirinhas, considerando o contexto amazônico.