Alessandra Lemes Barcala Soléra, Mariany Kerriany Gonçalves de Souza, Ana Thais Araújo da Silva, Ana Paula Alves Favareto, R. C. Rossi, Edmur Azevedo Pugliesi, A. Ramos
{"title":"ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DO PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA MORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA RENAL NO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERÍODO ENTRE 2008 E 2020","authors":"Alessandra Lemes Barcala Soléra, Mariany Kerriany Gonçalves de Souza, Ana Thais Araújo da Silva, Ana Paula Alves Favareto, R. C. Rossi, Edmur Azevedo Pugliesi, A. Ramos","doi":"10.14393/hygeia2068809","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A insuficiência renal (IR) é caracterizada pela perda da capacidade funcional dos rins, a qual pode levar a complicações e morte prematura. Embora o Ministério da Saúde disponibilize dados de óbitos por IR municipal, desconhece-se o padrão de distribuição espacial desta doença. Isto é essencial para apoiar os estados na definição de políticas públicas de saúde. Este trabalho caracteriza a distribuição espaço-temporal da mortalidade por IR nos municípios do estado de São Paulo de 2008 a 2020. No departamento de informática do Sistema Único de Saúde, obteve-se o número de óbitos por IR em cada município paulista, de 2008 a 2020. Estimou-se a mortalidade por IR dividindo o número de óbitos no município pelo seu número de habitantes, multiplicado por 10.000. Técnicas de estatística espacial foram usadas na detecção de agrupamento espacial, observando-se que o padrão de distribuição da mortalidade por IR no estado não é aleatório. Há uma tendência crescente no número de óbitos por IR nos municípios de 2008 a 2020, mas isto não tem associação com o gênero, ainda que ocorra maior número de óbitos por IR entre os homens comparado às mulheres. Verificou-se que a faixa etária acima de 59 anos é a de maior risco de óbitos por IR, sendo as regiões mais críticas aquelas situadas à oeste do estado, sobretudo, em São José do Rio Preto. Essas descobertas ressaltam a importância de uma análise espacial e temporal da distribuição da mortalidade por IR, subsidiando o planejamento e a alocação de recursos de saúde para mitigar os impactos dessa doença nos municípios brasileiros.","PeriodicalId":505750,"journal":{"name":"Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde","volume":"47 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/hygeia2068809","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A insuficiência renal (IR) é caracterizada pela perda da capacidade funcional dos rins, a qual pode levar a complicações e morte prematura. Embora o Ministério da Saúde disponibilize dados de óbitos por IR municipal, desconhece-se o padrão de distribuição espacial desta doença. Isto é essencial para apoiar os estados na definição de políticas públicas de saúde. Este trabalho caracteriza a distribuição espaço-temporal da mortalidade por IR nos municípios do estado de São Paulo de 2008 a 2020. No departamento de informática do Sistema Único de Saúde, obteve-se o número de óbitos por IR em cada município paulista, de 2008 a 2020. Estimou-se a mortalidade por IR dividindo o número de óbitos no município pelo seu número de habitantes, multiplicado por 10.000. Técnicas de estatística espacial foram usadas na detecção de agrupamento espacial, observando-se que o padrão de distribuição da mortalidade por IR no estado não é aleatório. Há uma tendência crescente no número de óbitos por IR nos municípios de 2008 a 2020, mas isto não tem associação com o gênero, ainda que ocorra maior número de óbitos por IR entre os homens comparado às mulheres. Verificou-se que a faixa etária acima de 59 anos é a de maior risco de óbitos por IR, sendo as regiões mais críticas aquelas situadas à oeste do estado, sobretudo, em São José do Rio Preto. Essas descobertas ressaltam a importância de uma análise espacial e temporal da distribuição da mortalidade por IR, subsidiando o planejamento e a alocação de recursos de saúde para mitigar os impactos dessa doença nos municípios brasileiros.