{"title":"“O sangue dos nego daqui é limpo”: processo e significado do reconhecimento quilombola na comunidade negra rural Canto Fazenda Frade (Oeiras-Piauí)","authors":"Joao Francisco Moreira Filho","doi":"10.22481/politeia.v22i1.13570","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo busca analisar a construção da identidade e territorialidade quilombola na comunidade negra rural Canto Fazenda Frade, localizada no município de Oeiras - Piauí, a partir do diálogo entre a memória oral e a regulamentação do Decreto n.º 4.887, de 20 novembro de 2003, que regulamenta o processo de reconhecimento legal das comunidades remanescentes de quilombo. Com esse decreto, a contemplação de terras para as comunidades negras tornou-se uma realidade, não só para aquelas originadas de escravizados fugidos durante o período escravista, mas para todas as comunidades com alguma afro-ascendência. Enquanto quilombola da comunidade que estudo, busco percorrer caminhos metodológicos atravessados por minha ancestralidade, pela tradição oral familiar, ao mesmo tempo em que debato com a historiografia especializada sobre a temática.","PeriodicalId":337821,"journal":{"name":"Politeia - História e Sociedade","volume":"24 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Politeia - História e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22481/politeia.v22i1.13570","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O presente artigo busca analisar a construção da identidade e territorialidade quilombola na comunidade negra rural Canto Fazenda Frade, localizada no município de Oeiras - Piauí, a partir do diálogo entre a memória oral e a regulamentação do Decreto n.º 4.887, de 20 novembro de 2003, que regulamenta o processo de reconhecimento legal das comunidades remanescentes de quilombo. Com esse decreto, a contemplação de terras para as comunidades negras tornou-se uma realidade, não só para aquelas originadas de escravizados fugidos durante o período escravista, mas para todas as comunidades com alguma afro-ascendência. Enquanto quilombola da comunidade que estudo, busco percorrer caminhos metodológicos atravessados por minha ancestralidade, pela tradição oral familiar, ao mesmo tempo em que debato com a historiografia especializada sobre a temática.