Ana Cristina Costa Siqueira, Bruna Iara Lorian Chagas, Brendo Francis Carvalho, Almir Nabozny
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Abstract
Os museus de imigrantes holandeses são locais de compartilhamento das trajetórias e memórias por meio das paisagens construídas. As estruturas de ordem simbólica se destacam enquanto campo de importância para estudo na Nova Geografia Cultural em razão de estarem repletas de símbolos e significados que se conectam com um imaginário materializado nessas paisagens museológicas. A partir disso, o estudo objetiva analisar a paisagem cultural presente nos museus da imigração holandesa enquanto um sistema de significados que permite que seja interpretada e lida enquanto texto. A operacionalização do trabalho consistiu no acesso a documentos dos museus Parque Histórico de Carambeí e do Centro Cultural de Castrolanda, do primeiro se analisou o Manual do Monitor, o Catálogo Institucional e a Cartilha Pedagógica, já do segundo foi estudado a Cartilha Institucional. Para as interpretações das paisagens foi utilizado o sistema de criação de signos debatidos por Duncan (2004) e também o proposto por Gomes (2013) sobre o ponto de vista, composição e exposição contidas em registros fotográficos. As interpretações foram guiadas pelos símbolos de representação respectivos aos conceitos formadores das colônias de imigrantes holandeses, sendo eles o ‘trabalho’, a ‘educação’, o ‘cooperativismo’ e a ‘religião’. Portanto, a análise destes símbolos oportuniza a compreensão dos significados que permeiam essas paisagens e sua constante reprodução, valorizando e exaltando a cultura e os costumes dos pioneiros holandeses, fazendo dessa narrativa histórica uma forma potencial de consumo turístico.