{"title":"Para além da Bolha (de filtro)","authors":"Sofia Ferro-Santos, G. Cardoso, Susana Santos","doi":"10.14195/2183-5462_44_3","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os modelos de democracia representativa da Europa Ocidental são fortemente baseados nos partidos, gerando diferentes incentivos para a comunicação dos actores políticos. Usando Portugal como exemplo, o nosso estudo analisa se e como os deputados portugueses interagem com o eleitorado no Twitter. \nO nosso estudo conclui que, embora mais de metade dos tweets não tenham tido interação avançada, este tipo de interação varia significativamente entre partidos políticos, o que pode sugerir que a organização partidária pode afetar o estilo de comunicação dos seus deputados. \nConcluímos também que a homofilia partidária pode ser encontrada em algumas formas de interação, mas não em outras. Estes resultados “estouram” a ideia de que “bolhas de filtro” são criadas sobre a homofilia de valores, mas validam tal afirmação relativamente à homofilia de estatuto, uma vez que a maioria das contas com as quais os deputados interagiram (excluindo as institucionais) eram da “Elite do Twitter”.","PeriodicalId":507745,"journal":{"name":"Media & Jornalismo","volume":"92 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-05-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Media & Jornalismo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14195/2183-5462_44_3","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Os modelos de democracia representativa da Europa Ocidental são fortemente baseados nos partidos, gerando diferentes incentivos para a comunicação dos actores políticos. Usando Portugal como exemplo, o nosso estudo analisa se e como os deputados portugueses interagem com o eleitorado no Twitter.
O nosso estudo conclui que, embora mais de metade dos tweets não tenham tido interação avançada, este tipo de interação varia significativamente entre partidos políticos, o que pode sugerir que a organização partidária pode afetar o estilo de comunicação dos seus deputados.
Concluímos também que a homofilia partidária pode ser encontrada em algumas formas de interação, mas não em outras. Estes resultados “estouram” a ideia de que “bolhas de filtro” são criadas sobre a homofilia de valores, mas validam tal afirmação relativamente à homofilia de estatuto, uma vez que a maioria das contas com as quais os deputados interagiram (excluindo as institucionais) eram da “Elite do Twitter”.