G. B. Mothé, Vera Lúcia Teixeira Ferraz, Ana Luiza Souza Dias, Gabriella da Silva Duarte, Julia Barros de Brito, Raphael Espínola David do Nascimento, Reika Sato Procopiak, Yasmin Xavier Lameira, Renata Vieira Cerqueira Lima, Aguinaldo Francisco Mendes Júnior
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Abstract
As vértebras caudais caninas compõem a cauda do cão, variando em número e tamanho entre as raças, e são fundamentais para o equilíbrio, comunicação e expressão emocional. A caudectomia é um procedimento cirúrgico de amputação dessas vértebras. No entanto, quando por motivos estéticos ou culturais, essa prática tem gerado debates intensos e controvérsias significativas, levantando questionamentos sobre a justificativa para sua continuação. Baseado nisso, este trabalho tem o objetivo de descrever a anatomia das vértebras dos cães e a caudectomia, destacando os danos potenciais que tal mutilação pode causar nesses animais, apoiando-se em uma revisão da literatura. Pesquisas indicam que a cauda é essencial não apenas para a comunicação canina, permitindo aos cães expressarem uma gama de emoções e intenções, mas também desempenha um papel crucial no equilíbrio, especialmente durante a corrida e ao realizar movimentos ágeis. A remoção da cauda pode, portanto, interferir significativamente no comportamento e na capacidade de expressão corporal dos cães, além de potencialmente causar dor, desconforto no período pós-operatório e levar a complicações sérias, como infecções e o desenvolvimento de neuroma de amputação, uma condição dolorosa que ocorre no coto da amputação. Atualmente, muitos países têm adotado leis e regulamentações que restringem ou proíbem a caudectomia em cães, exceto quando necessária por razões médicas. A crescente conscientização sobre o bem-estar animal tem levado a uma mudança de atitude em relação a essa prática, com mais tutores optando por manter a cauda natural de seus cães.