Guilherme Lopes da Cunha, Guilherme Mattos de Abreu, Carlos Antonio Raposo de Vasconcellos
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Abstract
A evolução dos conhecimento sobre dissuasão, sobretudo a partir da década de 1960, deixou um amplo legado para os estudos sobre estratégia e segurança internacional. Atualmente, verifica-se uma intensa transdiciplinaridade, conforme se constata por meio da interface com outras áreas do conhecimento aplicadas ao tema, como a Antropologia, a Psicologia e as Relações Internacionais (RI). Na conjuntura internacional contemporânea, a competição estratégica entre Estados Unidos e China contribui para uma nova rodada de iniciativas dissuasórias, como aponta a proposta de construção do conceito de Dissuasão Integrada, em que pesquisadores, políticos e militares, sobretudo dos Estados Unidos, avaliam a necessidade estratégica de dissuadir a China por meios militares e não militares. Contudo, o que significa a Dissuasão Integrada? Em que contexto foi lançada? Quais são os efeitos esperados? Por intermédio de metodologia qualitativa que contempla observação participante, etnografia, análise de documentos e de discursos de autoridades, investigaram-se as características do conceito no contexto macrorregional das Américas. Identificou-se que os Estados Unidos precisam ser mais bem compreendidos pelos outros países do Continente, que não percebem a China como uma ameaça. Isso resultou i) na análise propositiva de seis medidas que indicam caminhos que podem facilitar futuras opções estratégicas e ii) na sugestão ao estrategista americano sobre uma Dissuasão Integrada que coordene o planejamento estratégico em múltiplas frentes de cooperação, cuja essência é multidimensional e transcende à esfera militar.