Pedro Baches Jorge, Mariana Belaunde Toledo, Flora Chaves Mari, Rodrigo Ruas Floriano de Toledo, Marcos Vaz de Lima, Jan Willem Cerf Sprey
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Abstract
A síndrome compartimental crônica (SCC) pode ser definida como uma elevação da pressão dentro de um espaço fibro-ósseo não expansível, que surge por meio de atividades físicas contínuas e intensas, com sintomas que geralmente melhoram com repouso ou redução da atividade. É uma causa importante de dor nos membros inferiores em atletas, sendo a segunda causa mais comum de dores nas pernas relacionada ao esforço, embora existam relatos menos comuns em compartimentos paravertebrais lombares, na mão, no antebraço, na coxa e no pé. É mais frequentemente observada em corredores de longa distância; porém, outros esportes também têm sido associados a essa entidade, como lacrosse, futebol, basquete, esqui e hóquei de campo. A tensão muscular, cãibras, piora dos sintomas com o exercício físico, dor e redução da sensibilidade na parte superior do pé são os principais sintomas relacionados a essa síndrome, sendo o diagnóstico essencialmente clínico. Embora controversa e com algumas limitações, a medição da pressão intracompartimental após o exercício tem sido utilizada para o diagnóstico da SCC. No entanto, novas ferramentas estão sendo estudadas como alternativa, especialmente aquelas que são menos invasivas, como a imagem de ressonância magnética (RM) após protocolo de exercício. A fasciotomia aberta foi porvários anos o tratamento mais relevante para SCC em atletas, porém novas técnicas cirúrgicas estão ganhando importância, como a fasciotomia minimamente invasiva e o procedimento endoscópico. Alguns tratamentos conservadores são promissores como alternativas possíveis para aqueles que não desejam a cirurgia, mas ainda há falta de evidências robustas para sustentá-los, especialmente para atletas.