Maria Alexandra Oliveira Gomes, Júlia de Oliveira Gomes, Ana Paula Espindula, Marcio Luis Alves Moura, Marcus Paulo Ribeiro Machado, L. Gonçalves, R. Dezena, L. Lombardi
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Abstract
Pacientes com doença de Parkinson frequentemente experimentam sinais motores e sintomas não motores ocasionados pela doença. A estimulação cerebral profunda do Núcleo Subtalâmico (NST) ou de suas bordas ventral ou dorsal é uma das opções de tratamento indicada para tratar sintomas refratários dessa doença. No entanto, ainda não se sabe qual a borda que, ao ser estimulada, gera mais efeitos benéficos a esses pacientes, sendo esse o objetivo dessa revisão sistemática. Para responder essa questão foram realizadas buscas eletrônicas e manuais em cinco bancos de dados e na literatura cinzenta para identificar estudos que abordassem essa temática. Foram executados a seleção dos estudos, extração de dados e análise do risco de viés dos estudos incluídos. No total, sete artigos foram selecionados para comporem o estudo. A maioria dos estudos apresentou baixo risco de viés, sendo que a principal limitação metodológica deles se relacionou com os critérios de inclusão da amostra. A estimulação da borda dorsal ou ventral do NST resultou na melhora dos sinais motores da doença de Parkinson, com alguns dos estudos inclusos com tendência para a escolha da estimulação da borda dorsal para melhores efeitos motores, enquanto a melhora dos sintomas não motores e do controle inibitório foi devido à estimulação da borda ventral. Os achados sugerem que a melhora dos sinais motores da doença de Parkinson pode ser ocasionada ao estimular a borda dorsal ou ventral do Núcleo subtalâmico, enquanto os sintomas não motores, como a ansiedade, melhoram com a estimulação da borda ventral.