Marilucia Reis dos Santos, Carolina Guerreiro, Mansueto Gomes Neto
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Abstract
Introdução. As limitações na execução das atividades e dos papéis sociais se constituem as principais dificuldades enfrentadas pelos sobreviventes de acidente vascular cerebral (AVC) após a alta hospitalar. Objetivo. Descrever o perfil de atividade e de participação social de sobreviventes de AVC após a alta hospitalar. Método. Trata-se de um estudo longitudinal, com indivíduos na fase subaguda após o AVC, que estiveram internados em um hospital de referência em neurologia na rede pública estadual, localizado em Salvador-BA. Os dados primários avaliados no internamento foram à gravidade do AVC, o controle postural e a incapacidade funcional. Os dados secundários foram extraídos dos prontuários e os desfechos, atividade e participação social foram investigados seis meses após a alta. Resultados. A amostra foi composta por 50 voluntários, com média de idade de 58±12 anos, sendo 27 (54%) do gênero feminino; a média da escala NIHSS foi de 5±4, o tempo médio de internamento de 20±13 dias, 42 (84%) com AVC isquêmico e 11 (22%) trombolisados. Cerca de 21 (45%) apresentaram hemiparesia à esquerda e 8 (16%) com heminegligência. A média da escala PASS foi de 23±10 e 18 (60%) dos indivíduos apresentaram uma pontuação média entre 3-5 na escala ERM. A pontuação média mais baixa na escala LIFE-H foi atribuída ao domínio participação social (2,93±0,6), em comparação com a atividade (3,58±0,3). Conclusão. Os sobreviventes de AVC apresentaram declínio acentuado na atividade e na participação social após a alta hospitalar, sendo o comprometimento maior nos papéis sociais.