SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: UM ESTUDO COMPARATIVO DA INCIDÊNCIA ENTRE 2019 E 2023, CONSIDERANDO OS PERÍODOS PRÉ-PANDÊMICO E PANDÊMICO

Luiz Henrique Dias Geier, Kurt Juliano Sack Orejuela Uscocovich
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Abstract

Introdução: A sífilis congênita resulta da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante não tratada ou inadequadamente tratada para o feto, por via transplacentária. Apesar dos esforços contínuos, há lacunas na assistência pré-natal, exemplificadas durante a pandemia de COVID-19 pela interrupção significativa nos serviços de saúde reprodutiva, dificultando o acesso aos cuidados preventivos e aumentando o risco de sífilis congênita não detectada. Objetivo: Avaliar a incidência de sífilis congênita em diferentes regiões do Brasil entre os anos de 2019 e 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico do tipo série temporal com dados secundários disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2019 a 2023. As variáveis analisadas foram casos notificados de sífilis congênita, ano do diagnóstico, região geográfica, presença de sífilis materna, realização de pré-natal, evolução do quadro de sífilis congênita, tratamento do parceiro e classificação final. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: Na análise da distribuição dos casos notificados por região e ano, destacou-se a região Sudeste com 50.670 casos ao longo de cinco anos, seguido pelo Nordeste com 32.308 casos. Adicionalmente, a análise dos casos de sífilis congênita durante a pandemia de COVID-19 (2020-2022) não revelou diferenças estatisticamente significativas na incidência em relação ao período pré-pandêmico (2019). Discussão: Durante a pandemia de COVID-19, os procedimentos diagnósticos e de tratamento da sífilis no SUS do Brasil sofreram uma redução considerável, com uma queda nos procedimentos realizados nos primeiros sete meses de 2020 em comparação com o período de 2016 a 2019. O projeto "Sífilis Não!" exemplifica o sucesso de intervenções abrangentes em saúde pública, especialmente na região Nordeste, onde houve uma significativa redução nas notificações. No entanto, persistem desafios na integração entre pesquisa e políticas de saúde, especialmente na vigilância epidemiológica e no acesso equitativo aos serviços de saúde. Conclusão: Portanto, para combater a sífilis congênita, é essencial implementar políticas baseadas em evidências, fortalecer os sistemas de saúde e promover pesquisas adicionais, adotando uma abordagem multifacetada para orientar intervenções eficazes e sustentáveis em saúde materno-infantil globalmente.
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巴西先天性梅毒:2019 年至 2023 年发病率比较研究,考虑到大流行前和大流行时期
导言:先天性梅毒是由未经治疗或治疗不当的孕妇体内的苍白螺旋体经胎盘途径血液传播给胎儿所致。尽管一直在努力,但产前护理仍存在不足,例如在 COVID-19 大流行期间,生殖健康服务受到严重破坏,阻碍了预防性护理的普及,增加了未被发现的先天性梅毒的风险。目的:评估 2019 年至 2023 年巴西不同地区先天性梅毒的发病率。方法:这是一项生态时间序列研究,使用的二级数据来自 2019 年至 2023 年的应报告疾病信息系统(SINAN)。分析的变量包括先天性梅毒通报病例、诊断年份、地理区域、是否存在母体梅毒、产前护理、先天性梅毒的演变、伴侣治疗和最终分类。数据采用描述性统计进行分析。结果按地区和年份分析通报病例的分布情况时,东南部地区的病例数最多,五年内共发现 50 670 例,其次是东北部地区,共发现 32 308 例。此外,对COVID-19大流行期间(2020-2022年)的先天性梅毒病例进行分析后发现,与大流行前(2019年)相比,发病率没有显著的统计学差异。讨论:在COVID-19大流行期间,巴西统一卫生系统的梅毒诊断和治疗程序大幅减少,与2016年至2019年期间相比,2020年前七个月进行的程序有所减少。拒绝梅毒!"项目是综合公共卫生干预措施取得成功的典范,尤其是在东北部地区,该地区的梅毒感染病例显著减少。然而,在整合研究与卫生政策方面,特别是在流行病学监测和公平获得卫生服务方面,仍然存在挑战。结论:因此,为防治先天性梅毒,必须实施循证政策,加强卫生系统,促进更多研究,采取多方面的方法,指导全球采取有效、可持续的母婴健康干预措施。
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