Jorge Francisco da Silva, Glória Maria Monteiro de Carvalho, Maria de Fátima Vilar de Melo
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Abstract
Este artigo explora ligações entre Literatura, Linguística e Psicanálise, a partir do seminário de Lacan (1995/1998) sobre o conto “A carta roubada”, de Edgar Allan Poe. Lacan recorre não apenas ao trabalho de Freud sobre a repetição como também à noção da ordem simbólica desenvolvida por Saussure e Jakobson. Lacan analisa a relação entre o automatismo de repetição, a insistência da cadeia significante, a ordem simbólica e as formações do inconsciente. Além de considerações sobre a arte da composição e da predominância das cadeias significantes na obra de Poe, também são discutidas a relação entre a noção lacaniana de inconsciente estruturado como uma linguagem e a determinação do sujeito pelo significante. Entendemos que a trama urdida por Poe funciona como uma analogia da autonomia das cadeias significantes sobre a significação, à medida que permite acompanhar a evolução da história mesmo sem informações acerca do conteúdo da carta.