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Abstract
A fotografia, como metáfora da construção de imagens, constitui um dos nós estruturantes do campo do visível e de sua opacidade na poesia de Herberto Helder. A partir de seus livros Retrato em movimento (1967), Kodak (1968) e do poema “Retratíssimo ou narração / de um homem depois de maio” (1962), será investigada a articulação entre fotografia e poesia em Herberto Helder, explicitando-se o enlaçamento entre imagens fixas e palavras móveis. A fotografia será pensada como metáfora produtora do poema, dando a ver o que se dissipa em imagem. Teorias da fotografia e da imagem, de Derrida, Barthes e Blanchot, serão aproximadas aos poemas de Helder, a fim de verificar a reformulação do pensamento da imagem fotográfica em poesia. Por fim, serão delimitadas as categorias de visibilidade e opacidade, por meio das quais se estrutura um jogo entre presença e ausência, fazendo lembrar que “A beleza é cega e afastada” (Helder, 1973).
摄影,作为图像构建的隐喻,是赫伯托-赫尔德诗歌中可见领域及其不可见性的结构节点之一。根据他的著作《Retrato em movimento》(1967 年)、《Kodak》(1968 年)和诗歌《Retratíssimo ou narração / de um homem depois de maio》(1962 年),将对赫伯托-赫尔德的摄影与诗歌之间的衔接进行研究,强调固定图像与移动文字之间的联系。摄影将被视为产生诗歌的一种隐喻,展示了什么会消散在图像中。德里达(Derrida)、巴特(Barthes)和布朗肖(Blanchot)的摄影和图像理论将与赫尔德的诗歌结合起来,以验证诗歌中摄影图像思想的重新表述。最后,将划分可见性和不可见性的范畴,并通过这些范畴构建存在与不存在之间的游戏,提醒我们 "美是盲目而遥远的"(赫尔德,1973 年)。