{"title":"Avaliação antioxidante e mutagênica do extrato aquoso de cupuaçu em animais expostos a ciclofosfamida","authors":"Andrielli Pompermayer Rosa, Suzana Dockhorn, Larissa Magnani, Marina Mariko Sugui, Valéria Dornelles Gindri Sinhorin","doi":"10.36560/16520231697","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":" O cupuaçu (Theobroma grandiflorum S.) é um fruto comestível e originário da região Amazônica brasileira, sendo hoje encontrado em várias partes do mundo. A polpa, bem como a semente, apresenta em sua composição compostos que possuem influência sobre fatores biológicos e consequentemente, podem apresentar efeitos preventivos contra algumas doenças. O estudo teve como objetivo avaliar o efeito protetor do cupuaçu como antioxidante nos tecidos (fígado e cérebro) e na medula óssea de camundongos machos Swiss, através da inibição da mutagenicidade induzida pelo agente alquilante ciclofosfamida (CPA). O extrato aquoso in natura do cupuaçu (EAC) foi usado para os testes in vivo de biomarcadores de estresse oxidativo (superóxido dismutase, catalase, glutationa-S-transferase, glutationa reduzida, ácido ascórbico e carbonilação de proteínas) e do micronúcleo para a avaliação do potencial antimutagênico/mutagênico . Os animais (n= 6 /grupo) foram tratados por 15 dias consecutivos com EAC (via gavagem) e no 15º dia receberam intraperitonealmente NaCl (0,9%) ou CPA (25 mg/Kg), sendo sacrificados 24 horas após o tratamento para avaliação dos parâmetros acima citados e da frequência de eritrócitos policromáticos micronucleados (MNPCE). Os resultados mostraram que o pré-tratamento por 15 dias com o EAC somente aumentou a atividade da superóxido dismutase cerebral e na presença da CPA houve redução desta atividade no fígado. Esta dose de CPA não promoveu alterações per se no status redox, porém o extrato não reduziu a frequência de MNPCE induzida pela CPA, quando comparado com o grupo controle positivo. Ainda, o grupo tratado somente com a polpa não mostrou efeito mutagênico. Diante dos resultados foi possível verificar que o cupuaçu não apresentou atividade antimutagênica/mutagênica e ainda que o processo de congelamento das amostras pode ter interferido nas respostas frente aos parâmetros bioquímicos do status redox avaliados.","PeriodicalId":21606,"journal":{"name":"Scientific Electronic Archives","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Scientific Electronic Archives","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36560/16520231697","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O cupuaçu (Theobroma grandiflorum S.) é um fruto comestível e originário da região Amazônica brasileira, sendo hoje encontrado em várias partes do mundo. A polpa, bem como a semente, apresenta em sua composição compostos que possuem influência sobre fatores biológicos e consequentemente, podem apresentar efeitos preventivos contra algumas doenças. O estudo teve como objetivo avaliar o efeito protetor do cupuaçu como antioxidante nos tecidos (fígado e cérebro) e na medula óssea de camundongos machos Swiss, através da inibição da mutagenicidade induzida pelo agente alquilante ciclofosfamida (CPA). O extrato aquoso in natura do cupuaçu (EAC) foi usado para os testes in vivo de biomarcadores de estresse oxidativo (superóxido dismutase, catalase, glutationa-S-transferase, glutationa reduzida, ácido ascórbico e carbonilação de proteínas) e do micronúcleo para a avaliação do potencial antimutagênico/mutagênico . Os animais (n= 6 /grupo) foram tratados por 15 dias consecutivos com EAC (via gavagem) e no 15º dia receberam intraperitonealmente NaCl (0,9%) ou CPA (25 mg/Kg), sendo sacrificados 24 horas após o tratamento para avaliação dos parâmetros acima citados e da frequência de eritrócitos policromáticos micronucleados (MNPCE). Os resultados mostraram que o pré-tratamento por 15 dias com o EAC somente aumentou a atividade da superóxido dismutase cerebral e na presença da CPA houve redução desta atividade no fígado. Esta dose de CPA não promoveu alterações per se no status redox, porém o extrato não reduziu a frequência de MNPCE induzida pela CPA, quando comparado com o grupo controle positivo. Ainda, o grupo tratado somente com a polpa não mostrou efeito mutagênico. Diante dos resultados foi possível verificar que o cupuaçu não apresentou atividade antimutagênica/mutagênica e ainda que o processo de congelamento das amostras pode ter interferido nas respostas frente aos parâmetros bioquímicos do status redox avaliados.