Luiz Fernando Silva Resende, C. R. Brighenti, Deodoro Magno Brighenti, Lívia Mendes Carvalho
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Abstract
A abelha irapuá (Trigona spinipes) é uma espécie de abelha sem ferrão polinizadora de várias espécies vegetais, mas que também tem causado danos a algumas culturas tais como a flor copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica). Isto porque, as abelhas ao coletarem o pólen ou resinas nesta espécie, danificam suas inflorescências, deixando-as inviáveis para comercialização. Para evitar este dano uma alternativa é aplicar um repelente natural que não ocasione mortalidade às abelhas, tanto pelo contato direto durante a aplicação do produto por pulverização, quanto por ingestão ao coletar o pólen. Objetivou-se ajustar modelos para avaliação da sobrevivência de abelhas T. spinipes, submetidas a bioensaios de intoxicação utilizando diferentes produtos químicos contendo o repelente natural Neem (Azadirachta indica). Foram distribuídas 400 abelhas em gaiolas com grupos de 10 abelhas cada, sendo considerado um delineamento inteiramente casualizado em ensaio fatorial 2x4, considerando duas vias de intoxicação utilizando três produtos químicos como repelentes e uma testemunha, com cinco repetições cada. Para construção das curvas de sobrevivência foi avaliado o número de abelhas mortas a cada 12 horas considerado como covariáveis a via de intoxicação e o produto químico repelente. Comparou-se os resultados por análise não paramétrica utilizando estimador limite-produto modificado (Turnbull), pelo ajuste por modelo paramétrico de Weibull e pela técnica semiparamétrica de modelos proporcionais de Cox. O melhor ajuste foi obtido pelo modelo semiparamétrico, com valores bem próximos aos obtidos pela estimativa de Turnbull. Não se obteve diferença significativa entre os produtos químicos avaliados ao nível de 5% de significância. No entanto, conclui-se que a via de intoxicação das abelhas, ou seja, a forma de aplicação do repelente é o fator de maior significância, sendo aguda por contato a via de intoxicação que causa maior mortalidade. Assim, recomenda-se que o horário de aplicação do produto seja diferente do horário de forrageamento da T. spinipes.