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Abstract
A definição de ilha suscita polêmicas. Neste artigo, expusemos a ilha a partir de conceitos fundamentais (insularidade, maritimidade, ilheidade, litoralismo, arquipélago) e de diferentes perspectivas. Como resultado, despontaram-se algumas noções que, longe de esgotarem toda a essência da natureza insular, sugerem algumas pistas para compreendê-la: o apartamento imposto pelas águas; o papel preponderante dos processos costeiros; a menor heterogeneidade paisagística na comparação com um continente; a alta influência marítima (impactos climáticos, econômicos, sociais e culturais); a suscetibilidade a fenômenos oceânicos e atmosféricos; o particularismo da biota (endemismo) e das sociedades que nela vivem; o aguçado senso de unidade territorial; o isolamento ou, uma vez conectada às redes de circulação, a condição de ponto nevrálgico, bem como as consequentes dualidades localismo x cosmopolitismo e eutopia insular (ilheidade) x utopia além-mar (emigração); e, enfim, a fragilidade econômica e ecológica imposta pela escassez de recursos e pela exiguidade de espaço.