Variabilidade Temporal do Efluxo de CO2 em Áreas de Floresta Secundária e Campo Natural na Região Sudoeste da Amazônia

Abstract

O Bioma Amazônico vem sofrendo com a supressão de sua cobertura vegetal, alterando dessa forma o fluxo de carbono na interface solo-atmosfera. O desequilíbrio desse fluxo de carbono por sua vez altera as propriedades físicas e químicas do solo. Para verificar o impacto que esse processo gera em determinada área, foi monitorado atividade microbiana durante um ano de estudo por meio da variabilidade do efluxo de CO2 entre a interface solo-atmosfera. Para tal, utilizou-se a metodologia de Grisi desenvolvida em 1978 em que se utiliza uma solução alcalina de KOH para capturar CO2 produzido no solo por meio da atividade microbiana e radicular no solo. Buscou-se analisar as variáveis físicas e variáveis relacionadas a quantidade de carbono no solo juntamente com a textura do solo em cada área, desse modo verificando as mudanças dessas variáveis de forma sazonal. A área de campo natural registrou as maiores temperaturas, menores umidade, menores quantidades de carbono e menor efluxo de CO2 no solo reflexo da supressão de sua cobertura vegetal. A área de floresta secundária que possui solos menos exposto a radiação solar registrou menores temperaturas, maiores umidades, maiores quantidades de carbono e maior efluxo de CO2 no solo. A presente pesquisa sugere a preservação de áreas de florestas, pois é uma área rica em biodiversidade e que auxilia na ciclagem de carbono, visto que a quantidade de carbono no solo dessa área não se difere estatisticamente quando analisados sazonalmente, além de manter do conforto térmico em seu entorno. Palavras-chave: efluxo de CO2, estoque de carbono, variáveis sazonais.                    Temporal Variability of CO2 Efflux in Areas of Secondary Forest and Natural Grassland in the Southwest Region of the Amazon A B S T R A C TThe Amazon Biome has been perishing due to the influence of its vegetation coverture, thus altering the carbon flux in the soil-atmosphere interface. The unbalance of this carbon flux in turn alters the physical and chemical properties of the soil. To verify the impact that this process generates in a certain area, microbial activity was monitored during a year of study through the variability of the CO2 efflux between the soil-atmosphere interface. For such task, the Grisi methodology developed in 1978 was used, in which an alkaline KOH solution is used to capture CO2 produced in the soil through microbial and root activity in the soil. We sought to analyze the physical variables and variables related to the amount of carbon in the soil together with the soil texture in each area, thus verifying the changes in these seasonally variables. The natural grassland area recorded the highest temperatures, lowest humidity, lowest carbon heights and lowest CO2 efflux in the soil, reflecting the influence of its vegetation coverture. The area of secondary forest that has soils less exposed to solar radiation, registered lower temperatures, higher humidity, higher volumes of carbon and higher efflux of CO2 in the soil. The present research suggests the preservation of forest areas, since it is an area rich in biodiversity and that helps in carbon cycling, since the amount of carbon in the soil of this area did not differ statistically when analyzed seasonally, in addition to maintaining the comfort heat in its surroundings.Keywords: CO2 efflux, carbon stock, seasonal variables