{"title":"EFEITOS DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITAT SOBRE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM PAISAGENS URBANAS","authors":"Guilherme Martins Violante, Paula Koeler Lira","doi":"10.4257/oeco.2022.2604.02","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Uma das principais causas do declínio global da biodiversidade é a fragmentação de habitats lato sensu causada por pressões antropogênicas nos ecossistemas naturais [1, 2]. A fragmentação de habitats é o processo pelo qual a perda de habitat leva a um número maior de pequenos fragmentos de habitat com área total menor, isolados uns dos outros e imersos em uma matriz não-habitat [3]. No entanto, Fahrig [4, 5] chamou a atenção para o fato de que a fragmentação de habitats latu sensu se refere, na verdade, a dois processos distintos que acontecem na escala da paisagem, a perda de habitat e fragmentação per se de habitat. A perda de habitat se refere à diminuição na extensão espacial do habitat natural, enquanto a fragmentação do habitat per se é a mudança na configuração do habitat [4]. Nesse mesmo trabalho, mas também em um trabalho mais recente [5], Fahrig mostrou, através de um levantamento extenso da literatura, que a perda de habitat tem efeitos fortes e consistentemente negativos sobre a biodiversidade enquanto que os efeitos da fragmentação per se sobre a biodiversidade eram mais fracos e poderiam ser tanto positivos como negativos, o que levantou um debate ainda em curso na literatura [6, 7]. Além disso, Fahrig [4] também destacou que os efeitos das características de fragmentos de habitat, como tamanho, formato e grau de isolamento, que são medidas feitas na escala da mancha, não deveriam ser usadas para avaliar os efeitos da perda de habitat e fragmentação per se, pois esses processos ocorrem na escala da paisagem.","PeriodicalId":39092,"journal":{"name":"Oecologia Australis","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Oecologia Australis","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4257/oeco.2022.2604.02","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Environmental Science","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Uma das principais causas do declínio global da biodiversidade é a fragmentação de habitats lato sensu causada por pressões antropogênicas nos ecossistemas naturais [1, 2]. A fragmentação de habitats é o processo pelo qual a perda de habitat leva a um número maior de pequenos fragmentos de habitat com área total menor, isolados uns dos outros e imersos em uma matriz não-habitat [3]. No entanto, Fahrig [4, 5] chamou a atenção para o fato de que a fragmentação de habitats latu sensu se refere, na verdade, a dois processos distintos que acontecem na escala da paisagem, a perda de habitat e fragmentação per se de habitat. A perda de habitat se refere à diminuição na extensão espacial do habitat natural, enquanto a fragmentação do habitat per se é a mudança na configuração do habitat [4]. Nesse mesmo trabalho, mas também em um trabalho mais recente [5], Fahrig mostrou, através de um levantamento extenso da literatura, que a perda de habitat tem efeitos fortes e consistentemente negativos sobre a biodiversidade enquanto que os efeitos da fragmentação per se sobre a biodiversidade eram mais fracos e poderiam ser tanto positivos como negativos, o que levantou um debate ainda em curso na literatura [6, 7]. Além disso, Fahrig [4] também destacou que os efeitos das características de fragmentos de habitat, como tamanho, formato e grau de isolamento, que são medidas feitas na escala da mancha, não deveriam ser usadas para avaliar os efeitos da perda de habitat e fragmentação per se, pois esses processos ocorrem na escala da paisagem.