{"title":"O pavor do desconhecido na Amazônia: os relatórios militares e os sobreviventes do fenômeno chupa-chupa","authors":"Phillippe Sendas de Paula Fernandes, M. Barbosa","doi":"10.26664/issn.2238-5126.111202210465","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Localizada no nordeste do Pará, a Ilha de Colares teve sua história marcada em 1977, quando moradores relatavam ataques de misteriosas luzes, o que lhes causavam paralisia, tontura e palidez. Acreditava-se que os corpos luminosos sugavam o sangue das vítimas e o fenômeno ficou conhecido como “chupa-chupa”. Diante do pavor da população e dos registros de ocorrências em várias cidades, a Aeronáutica realizou a Operação Prato, uma missão militar para investigar o fenômeno. Com atenção às questões envolvendo memória e imaginário, este artigo desenvolve uma análise narrativa, atravessada por pesquisa documental e história oral, a partir de dois relatórios produzidos durante a operação, com destaque para os relatos dos moradores de Colares e para o papel da imprensa no fenômeno. Além disso, recorre-se aos testemunhos de dois sobreviventes, em entrevistas realizadas quatro décadas depois. Objetos inteligentemente dirigidos, monstro criado pela imprensa e a visita de extraterrestres são algumas das narrativas que despontam.","PeriodicalId":32392,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Historia da Midia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Historia da Midia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.111202210465","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Localizada no nordeste do Pará, a Ilha de Colares teve sua história marcada em 1977, quando moradores relatavam ataques de misteriosas luzes, o que lhes causavam paralisia, tontura e palidez. Acreditava-se que os corpos luminosos sugavam o sangue das vítimas e o fenômeno ficou conhecido como “chupa-chupa”. Diante do pavor da população e dos registros de ocorrências em várias cidades, a Aeronáutica realizou a Operação Prato, uma missão militar para investigar o fenômeno. Com atenção às questões envolvendo memória e imaginário, este artigo desenvolve uma análise narrativa, atravessada por pesquisa documental e história oral, a partir de dois relatórios produzidos durante a operação, com destaque para os relatos dos moradores de Colares e para o papel da imprensa no fenômeno. Além disso, recorre-se aos testemunhos de dois sobreviventes, em entrevistas realizadas quatro décadas depois. Objetos inteligentemente dirigidos, monstro criado pela imprensa e a visita de extraterrestres são algumas das narrativas que despontam.