{"title":"Vídeocapilaroscopia Periungueal: Experiência de um Serviço","authors":"Margarida Nascimento, Pedro Mota, Filipa Malheiro","doi":"10.24950/o/46/21/3/2021","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A vídeocapilaroscopia periungueal é uma técnica não invasiva dirigida ao estudo da microcirculação. Este exame constitui-se como uma ferramenta adicional na avaliação do doente com alterações da microcirculação, na maioria dos casos por suspeita de doença autoimune. Métodos: Primeiros 101 doentes submetidos a vídeocapilaroscopia periungueal no nosso hospital num período de 18 meses, com recurso a um vídeocapilaroscópio digital. Resultados: Cento e um doentes, 85% mulheres, idade média 50 anos. O principal motivo de referenciação foi a existência de fenómeno de Raynaud (93%). A avaliação capilaroscópica foi sugestiva de fenómeno de Raynaud primário em 28 doentes e secundário em 65. Discussão: Os dados descritos, embora numa amostra ainda pequena, permitem reforçar a utilidade da vídeocapilaroscopia periungueal na avaliação inicial dos doentes com suspeita de disfunção da microcirculação, especialmente no contexto de patologia autoimune. A identificação precoce dos indivíduos com maior risco de progressão para doença autoimune permitirá otimizar o seu acompanhamento, nomeadamente com vigilância regular em consulta externa, facilidade de acesso à equipa médica assistente para deteção precoce de novos sintomas e avaliação laboratorial regular. Conclusão: A vídeocapilaroscopia periungueal é um método acessível e de baixo custo, que contribui conjuntamente com a avaliação laboratorial para a identificação precoce dos indivíduos com fenómeno de Raynaud secundário, podendo assim afetar positivamente o acompanhamento dos mesmos. O desenvolvimento futuro desta técnica poderá representar um preditor de progressão de doença.","PeriodicalId":32856,"journal":{"name":"Medicina Interna","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Medicina Interna","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24950/o/46/21/3/2021","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: A vídeocapilaroscopia periungueal é uma técnica não invasiva dirigida ao estudo da microcirculação. Este exame constitui-se como uma ferramenta adicional na avaliação do doente com alterações da microcirculação, na maioria dos casos por suspeita de doença autoimune. Métodos: Primeiros 101 doentes submetidos a vídeocapilaroscopia periungueal no nosso hospital num período de 18 meses, com recurso a um vídeocapilaroscópio digital. Resultados: Cento e um doentes, 85% mulheres, idade média 50 anos. O principal motivo de referenciação foi a existência de fenómeno de Raynaud (93%). A avaliação capilaroscópica foi sugestiva de fenómeno de Raynaud primário em 28 doentes e secundário em 65. Discussão: Os dados descritos, embora numa amostra ainda pequena, permitem reforçar a utilidade da vídeocapilaroscopia periungueal na avaliação inicial dos doentes com suspeita de disfunção da microcirculação, especialmente no contexto de patologia autoimune. A identificação precoce dos indivíduos com maior risco de progressão para doença autoimune permitirá otimizar o seu acompanhamento, nomeadamente com vigilância regular em consulta externa, facilidade de acesso à equipa médica assistente para deteção precoce de novos sintomas e avaliação laboratorial regular. Conclusão: A vídeocapilaroscopia periungueal é um método acessível e de baixo custo, que contribui conjuntamente com a avaliação laboratorial para a identificação precoce dos indivíduos com fenómeno de Raynaud secundário, podendo assim afetar positivamente o acompanhamento dos mesmos. O desenvolvimento futuro desta técnica poderá representar um preditor de progressão de doença.