{"title":"Memórias da Batalha de Playa Girón: estratégias de comunicação nos discursos de Fidel Castro (1964-1976)","authors":"B. Rodrigues","doi":"10.11606/extraprensa2022.208001","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo analisa os discursos de Fidel Castro sobre a memória da batalha de Playa Girón (ocorrida nos dias 17 a 19 de abril de 1961), entre 1964 e 1976. Analisaremos como a memória oficial criada em torno da vitória revolucionária sobre a expedição financiada pelo governo dos EUA adquiriu diferentes significados ao longo do tempo, apresentando diálogos com os contextos político-sociais de países da América Latina (Chile e Brasil) e da África (Angola). Enfocaremos as estratégias de comunicação empregadas por Castro com o objetivo de tornar a memória de Playa Girón, considerada pelo regime socialista insular a primeira derrota imperialista no continente americano, um tema capaz de embasar interpretações relativas não somente à história de Cuba e da Revolução Cubana, mas também à de outros povos e nações. Versátil e polissêmica, a memória de Playa Girón presente nos discursos de Castro se adaptou às mais diferentes conjunturas, demandas e necessidades de seus contextos de enunciação.","PeriodicalId":33876,"journal":{"name":"Extraprensa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Extraprensa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.208001","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo analisa os discursos de Fidel Castro sobre a memória da batalha de Playa Girón (ocorrida nos dias 17 a 19 de abril de 1961), entre 1964 e 1976. Analisaremos como a memória oficial criada em torno da vitória revolucionária sobre a expedição financiada pelo governo dos EUA adquiriu diferentes significados ao longo do tempo, apresentando diálogos com os contextos político-sociais de países da América Latina (Chile e Brasil) e da África (Angola). Enfocaremos as estratégias de comunicação empregadas por Castro com o objetivo de tornar a memória de Playa Girón, considerada pelo regime socialista insular a primeira derrota imperialista no continente americano, um tema capaz de embasar interpretações relativas não somente à história de Cuba e da Revolução Cubana, mas também à de outros povos e nações. Versátil e polissêmica, a memória de Playa Girón presente nos discursos de Castro se adaptou às mais diferentes conjunturas, demandas e necessidades de seus contextos de enunciação.