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Abstract
Para atender as recomendações da Fédération Internationale de Football Association – FIFA –, para a Copa do Mundo de 2014, foram executadas construções/transformações arquitetônicas e urbanísticas em 14 estádios no Brasil visando convertê-los em “arenas”. Na cidade do Rio de Janeiro, no Estádio do Maracanã as obras ocorreram no edifício e no espaço livre do entorno imediato. Essas obras modificaram as paisagens e, consequentemente, padrões de uso, apropriações e representações da área. Novas identidades foram percebidas e as antigas reinterpretadas por novas dinâmicas relacionadas com as dimensões físicas, urbanas e de inclusão social. O objetivo deste trabalho foi estudar as diferentes bordas que margeiam o Estádio do Maracanã observadas nos momentos de eventos e no cotidiano, definidas por seus atributos biofísicos, urbanísticos e socioculturais, além de buscar compreender o quanto a urbanização da borda “padrão FIFA” descaracterizou o espaço, priorizando os sistemas de evacuação em prol da humanização e ambiência. Através de estudos cartográficos e iconográficos, levantamentos de fluxos e percursos comentados procurou-se analisar e compreender a maneira como o usuário vivencia as bordas em dias de eventos, particularmente nos jogos de futebol do Clube de Regatas Flamengo onde toda disputa é considerada um megaevento, e de que maneira o acontecimento impacta seu entorno.