Ana Luísa Melo Ferreira, Yonara Claudia dos Santos
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Abstract
Nascido na Jamaica do século XX e migrado para os Estados Unidos nos anos 70, o rap se estabeleceu como uma contranarrativa de jovens negros, latino-americanos e caribenhos. À margem das instituições e representações políticas oficiais, os grupos de rap buscavam denunciar estereótipos aos quais estavam submetidos e criavam consciência política em seus ouvintes. Fortemente influenciados pela cultura da oralidade, propunham, por meio de suas letras, formas ativas e potentes de sobrevivência em territórios violentos e segregados. É o que fazem, hoje, mulheres negras e indígenas ao se apoderarem do gênero musical para revelar suas dores e compartilhar suas lutas diante de estruturas de poder que silenciam suas identidades e subjetividades. Deste modo, este trabalho busca estudar como artistas latino-americanas fazem uso do rap com o seu potencial emancipatório, para trazer à esfera pública problemáticas invisibilizadas, mas que afetam grande parte da população feminina indígena e negra.